A B3, Bolsa de Valores brasileira, acelerou a queda após o anúncio de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todos os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, nesta segunda-feira (8). Com a decisão, Lula recupera os direitos políticos e pode disputar as eleições.
Numa reação quase que imediata, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, despencou. Em menos de dez minutos, a Bolsa saiu de uma queda de 1,50% para um recuo de 2,95%. Perto das 17h26, o Ibovespa caía 4,15%, aos 110.420 pontos.
Antes da decisão que beneficia o líder petista, a Bolsa operava num patamar superior aos 114 mil pontos.
No fechamento do dia, o Ibovespa caiu 3,98%, a 110.611 pontos.
O dólar sofreu uma forte alta após o anúncio do STF e fechou a segunda em alta de 1,67%, a R$ 5,7770. O valor é o maior desde 15 de maio de 2020.
Na máxima do dia, o dólar chegou a bater R$ 5,7846, justamente . No mês, a moeda acumula avanço de 3,11%. No ano, de 11,40%.
Já o dólar turismo chegou a R$ 6,0436 nesta segunda-feira (8).
Na decisão, Fachin argumentou que os delitos imputados ao ex-presidente não correspondem a atos que envolveram diretamente a Petrobras e, por isso, a Justiça Federal de Curitiba não deveria ser a responsável pelo caso.
Diz que os autos devem ser rememtidos para a Justiça do Distrito Federal. E que caberá ao "juízo competente decidir acerca da possibilidade da convalidação dos atos instrutórios", ou seja, de depoimentos e de coleta de provas.
Ele declara ainda a perda de objeto de 10 habeas corpus impetrados pela defesa que questionavam a conduta da Justiça –inclusive a suspeição de Moro.
O habeas corpus agora contemplado por Fachin foi apresentado pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins em 3 de novembro de 2020.
Lula tinha sido condenado em duas ações penais, por corrupção e lavagem, nos casos do tríplex de Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia.
Por causa da sentença do tríplex, o ex-presidente ficou preso por um ano e sete meses, entre 2018 e 2019, e não pôde disputar a última eleição presidencial, barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Consultada, a defesa de Lula diz que está tomando ciência da decisão no STF e depois vai se manifestar.
* Com agências
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