A atividade econômica encolheu 4,93% no acumulado do ano até setembro, segundo o indicador IBC-Br do Banco Central divulgado nesta sexta-feira (13). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 3,32%
Apenas em setembro, no entanto, houve alta de 1,29% em relação a agosto.
Com a reabertura dos comércios e flexibilização do isolamento social, a atividade segue em recuperação, observada desde maio, mas ainda não foi suficiente para alcançar os patamares registrados antes da pandemia do novo coronavírus.
O número mensal foi calculado com ajuste sazonal (que remove particularidades do período, como número de dias úteis, por exemplo) para facilitar a comparação com outros meses.
Em agosto, o índice apontou crescimento de 1,06% na economia.
Em março, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, já sob efeito do isolamento social.
Com a população em casa, o consumo diminuiu em diversos setores, como serviços e turismo, e a atividade econômica despencou.
O ápice da crise foi em abril, quando a economia caiu 9,73%, pior nível desde outubro de 2006 e maior variação entre um mês e outro desde o início da série histórica, iniciada em 2003.
Maio já trouxe resultado positivo em relação a abril, de 1,3%, mas ficou aquém das expectativas do mercado, que era de 4,5%.
No terceiro trimestre, o índice teve alta de 9,47%, na comparação com o segundo, que teve o pior desempenho desde o início da pandemia -a queda na atividade chegou a dois dígitos e foi de 10,94% em relação ao primeiro trimestre do ano, puxado pelo resultado de abril.
O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.
O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.
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