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Auxílio Brasil: veja o que muda com o programa que substituirá o Bolsa Família

Auxílio Brasil: veja o que muda com o programa que substituirá o Bolsa Família

A MP (medida provisória) cria valores extras para lares com atletas adolescentes, jovens que se sobressaiam em eventos científicos, além de vale-creche, benefício para produtores rurais e um bônus para quem conseguir emprego formal

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 17:18

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Data: 14/03/2019 - Cartão do Bolsa Família - Editoria: Cidades - Foto: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL / DIVULGAÇÃO - GZ
Cartão do Bolsa Família. (Ministério do Desenvolvimento Social/Divulgação)
FÁBIO PUPO, BERNARDO CARAM E THIAGO RESENDE

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi até o Congresso, nesta segunda-feira (9), entregar uma MP (Medida Provisória) que institui o novo Bolsa Família. A MP que cria o Auxílio Brasil prevê pagamentos em três frentes básicas semelhantes ao do antecessor — que dependem da condição social da família e de sua composição — e cria valores extras para lares com atletas adolescentes, jovens que se sobressaiam em eventos científicos, além de vale-creche, benefício para produtores rurais e um bônus para quem conseguir emprego formal.

O Auxílio Brasil manterá as premissas do Bolsa Família ao atender famílias em situação de extrema pobreza (renda mensal de até R$ 89 por pessoa, segundo o padrão atual do governo) e pobreza (entre R$ 89 e R$ 178).

A estrutura de benefícios básicos do programa tem três frentes:

A estrutura básica dessas é similar à do atual Bolsa Família, que paga um benefício básico às famílias em extrema pobreza e valores extras a famílias pobres e extremamente pobres com gestantes ou com pessoas de até 17 anos.

O Auxílio Brasil prevê  também cinco novos benefícios extras:

TRANSIÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA PARA O AUXÍLIO BRASIL

Segundo a MP, o programa Bolsa Família deixará de existir em 90 dias a partir da publicação da norma — ou seja, em novembro. O governo prevê um benefício transitório para fazer a passagem entre o antigo Bolsa Família e o Auxílio Brasil:

A família beneficiária que deixar de receber o Auxílio Brasil, por vontade própria ou após os 24 meses, poderá retornar ao programa com prioridade, sem enfrentar qualquer fila, desde que atenda aos requisitos de elegibilidade.

A MP também rebatiza o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), criado em 2003 para incentivar a agricultura familiar ao comprar alimentos de pequenos produtores para distribuição pelo poder público. O programa mudará de nome para Alimenta Brasil.

QUEM TERÁ DIREITO?

Hoje, o Bolsa Família pode ser recebido por famílias em situação de pobreza (que tenham renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178) ou extrema pobreza (renda por pessoa de até R$ 89 por mês) que tenham em sua composição gestantes, mães que amamentam, crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos.

O novo texto não especifica quais serão as faixas de renda consideradas.

A MP, porém, altera a faixa de idade considerada. Famílias em situação de pobreza poderão requerer o auxílio se possuírem gestantes ou filhos com 21 anos incompletos. Entretanto, só serão considerados jovens entre com idade entre 18 e 21 anos que estiverem matriculados no ensino básico.

BENEFICIÁRIO PODERÁ USAR 30% COM CONSIGNADO

Os beneficiários do Auxílio Brasil poderão comprometer até 30% do valor do benefício como garantia para operações de microcrédito.

Segundo o Ministério da Cidadania, a medida tem como objetivo permitir uma melhor administração do orçamento familiar e a realização de planejamento financeiro com vistas a pequenos negócios e empreendedorismo.

O QUE FALTA SABER?

Apesar de o governo ter levado o texto ao Congresso, ainda há indefinições importantes:

O QUE AINDA PODE MUDAR

A MP formulada pelo governo será submetida à apreciação do Congresso. Por isso, os parlamentares poderão implementar mudanças no texto.

Caberá a deputados e senadores, por exemplo, definir qual será o valor exato do programa. Além disso, os parlamentares podem mudar a lista de benefícios elaborada pelo governo. O Congresso também pode avaliar que o programa não é "sustentável" e rejeitar o projeto.

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*Com informações do UOL

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