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Batata, morango e maracujá lideram inflação; veja itens que mais subiram

Batata, morango e maracujá lideram inflação; veja itens que mais subiram

Problemas nas colheitas e alta nos custos de produção explicam altas

Publicado em 12 de maio de 2022 às 11:41

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A batata-inglesa foi o item de consumo mais impactado pela inflação em abril, com alta de 18,28% no mês, segundo informou nesta quarta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No geral, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo) bateu em 1,06% no mês, a maior variação para um mês de abril desde 1996. Em 12 meses, a inflação foi de 12,13%.

Banca de batatas em supermercado no interior de SP.
Banca de batatas em supermercado no interior de SP. (Edson Silva/Folhapress)

Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Além da batata, o leite longa vida também foi destaque no mês, com alta de 10,31%. Também houve aumento em itens que sempre fizeram parte da alimentação cotidiana do brasileiro, como o tomate (10,18%), o óleo de soja (8,24%), o pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%).

MAIORES AUMENTOS MENSAIS - VARIAÇÃO EM ABRIL

Os economistas atribuem os aumentos a um conjunto distinto de fatores. Para o óleo de soja, o resultado está mais relacionado à alta das commodities, que acaba influenciando nos custos de produção. Nos alimentos in natura, como a batata-inglesa e o tomate, houve problemas de colheitas, explica o pesquisador. Para o leite, pesaram os custos de produção. Na outra ponta, as principais quedas mensais foram do mamão (-13,39%), da banana-maçã (-8,46%) e da melancia (-8,38%).

Em 12 meses, o cenário é de altas expressivas em itens que foram sumindo do cardápio das famílias, como a cenoura (178,02%), o tomate (103,26%) e o café moído (67,53%).

MAIORES AUMENTOS EM 12 MESES - VARIAÇÃO ATÉ ABRIL

As altas dos combustíveis também assustam o consumidor. No caso dos transportes, a inflação em abril foi puxada, sobretudo, pelo aumento nos preços dos combustíveis (3,20%). Assim como no mês anterior, o destaque foi a gasolina (2,48%). No mês, o etanol subiu 8,44%; o diesel, 4,74% e o gás de botijão, 3,32%. Em 12 meses, o óleo diesel ocupa o posto de maior aumento (53,58%), seguido por etanol (42,11%), gás de botijão (32,34%) e gasolina (31,22%).

Em abril, os principais impactos da inflação vieram dos setores de alimentação e bebidas (2,06%) e dos transportes (1,91%). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.

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