O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento de 2021 e da proposta do Pacto Federativo, afirmou nesta segunda-feira (5) após reunião com o ministro Paulo Guedes (Economia) que qualquer solução para criar o Renda Cidadã vai respeitar o teto de gastos e ter a chancela do titular da equipe econômica.
Ele afirmou que, após turbulências nas discussões sobre o programa social, o diálogo está entrando nos eixos e que pretende apresentar uma proposta até a próxima quarta-feira (7). "Houve turbulência, é normal. São relações humanas. E agora as coisas, a meu juízo, entraram no eixo de novo", disse.
O objetivo das discussões, disse, é atender 8 milhões de pessoas. "O presidente [da República] tem a legitimidade. Ele é o chefe da nação e diz que tem hoje 8 milhões de brasileiros detectados agora na pandemia e que a partir de janeiro, se não criarmos um programa, eles não têm como se alimentar, então temos que resolver esse problema", disse.
"Assim como todos os ministros têm direito de querer mais recurso para mostrar mais serviço. Agora, toda demanda tem que passar por um filtro, por um carimbo da equipe do ministro Paulo Guedes. É isso que estou fazendo hoje", afirmou Bittar.
"Talvez meu papel seja apenas de um jogador mais descansado, entrando no jogo mais agora, e ajudar a insistir com as partes", disse.
Bittar disse que pediu ajuda na semana passada ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a criação do programa. E que Maia concorda integralmente com a visão da equipe econômica.
O senador, no entanto, não comentou se a proposta dos precatórios foi abandonada. "Vou pedir desculpas [e não comentar]. O que posso dizer é que é dentro do teto. Todos estamos estudando para que a gente apresente a proposta. A ideia é apresentar na quarta pela manhã dizendo dentro do Orçamento de onde vamos tirar", disse.
"É uma decisão de todo mundo, liderado pela equipe econômica, pelo ministro Paulo Guedes. Quaisquer que sejam elas [soluções], será dentro do teto", disse o senador. "Todos nós temos uma responsabilidade, um compromisso, de fazer o Brasil retomar a economia e retomar a agenda vitoriosa em 2017. Uma agenda que claramente aponta para a austeridade fiscal", afirmou.
Guedes, que estava ao lado do senador durante as declarações, não fez comentários. Apenas brincou, ao final, retirando Bittar do púlpito. "Vou fazer que nem fazem comigo", e o retirou da frente dos jornalistas.
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