Agência Brasil - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta terça-feira (05) que aprovou a devolução de mais R$ 30 bilhões à União. A expectativa é que o pagamento ocorra ainda em novembro.
Com a antecipação, o banco cumpre a meta de devolver ao Tesouro, em 2019, R$ 123 bilhões em recursos emprestados para a concessão de financiamentos com juros subsidiados durante os governos petistas.
De acordo com o contrato com o Tesouro, o BNDES deveria devolver R$ 26 bilhões em 2019. A devolução de valor superior ao previsto atende a pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o banco, o repasse dos recursos não compromete os desembolsos programados em seus contratos de financiamento --com a economia fraca, o volume de empréstimos do BNDES vem caindo ano a ano.
Nos primeiros nove meses de 2019, o banco liberou R$ 38 bilhões, 13% a menos do que no mesmo período do ano anterior. A aprovação de novos empréstimos caiu 35%, para R$ 32,3 bilhões.
A resistência em elevar o volume de devoluções foi um dos motivos de insatisfação do governo com Joaquim Levy, primeiro presidente do BNDES após a posse de Jair Bolsonaro, que durou pouco mais de seis meses no cargo.
Ao assumir, o substituto, Gustavo Montezano, elencou a devolução como uma das metas de sua gestão, ao lado da redução da carteira de participações acionárias do BNDESPar e da abertura da chamada "caixa-preta" da instituição.
De acordo com nota divulgada pelo BNDES, devolução antecipada foi aprovada pela diretoria do banco no dia 31 de outubro e referendada pelo conselho de administração na segunda-feira (04).
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