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Bolsa fecha em alta, a 122.385,92 pontos, novo recorde de encerramento

Bolsa fecha em alta, a 122.385,92 pontos, novo recorde de encerramento

O desempenho desta quinta correspondeu também ao maior avanço em porcentual desde 5 de novembro, quando o Ibovespa fechou em alta de 2,95%

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 19:06- Atualizado há 4 anos

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Bolsa de valores
Bolsa de valores. (pixabay/geralt)

A reta final foi de elevador. Mesmo com dólar a R$ 5,41 na máxima desta quinta-feira - apreciação que pode, caso se sustente, limitar a retomada do apetite de investidores estrangeiros, vista desde novembro, por ações brasileiras -, o Ibovespa conseguiu marcar hoje novos recordes intradia e de fechamento, surfando o otimismo global com a aproximação da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, no dia 20. As cenas de intimidação vistas na quarta-feira no Capitólio deram lugar a banimento do presidente Donald Trump de redes sociais - no caso do Facebook, até o fim do mandato - e a "compromisso" do atual presidente com transição "ordeira", após o que foi visto como ato de sedição sem precedentes, passível de destituição do cargo.

Nem o alerta do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de que o Brasil pode repetir adiante o que se viu neste fim de governo nos EUA, estragou o bom humor do mercado, o que resultou na pulverização dos recordes anteriores tanto no intradia como no fechamento, renovados continuamente na meia hora final dos negócios.

O alívio desde Nova York contribuiu para que o índice da B3 alcançasse nesta quinta máxima histórica de fechamento, em alta de 2,76%, a 122.385,92 pontos, e novo pico intradia a 122.696,64 pontos, saindo de mínima na sessão a 119.100,76 pontos - uma variação de quase 3,6 mil pontos entre o piso e o teto do dia. O desempenho desta quinta correspondeu também ao maior avanço em porcentual desde 5 de novembro, quando o Ibovespa fechou em alta de 2,95%. Em 2021, o índice sobe 2,83%.

Assim como na quarta bem fortalecido, o giro financeiro totalizou R$ 43,6 bilhões, em dia mais uma vez puxado pelo bom desempenho das ações de commodities (Vale ON +7,02%, Petrobras PN +3,09%) e de siderurgia (CSN +6,44%, Gerdau PN +5,54%), com ajuda também de bancos (Itaú PN +4,06%), setor que é "porta de entrada dos investidores, em especial estrangeiros, em vista da liquidez e correlação com o Ibovespa", aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "O índice atingiu a inédita faixa de 122 mil pontos e as ações do setor de commodities metálicas respondem por grande parte desse movimento, importantes na composição do Ibovespa e diretamente afetadas pelo quadro de estímulos nos EUA."

Há, contudo, matizes na "onda azul" nos EUA. "Os democratas venceram o Senado por uma margem mínima e isso significa que Biden não será capaz de realizar uma reforma tributária e regulatória abrangente", aponta em nota Edward Moya, analista da Oanda em Nova York, o que explica em parte a recuperação observada nesta quinta nas ações de tecnologia, com o Nasdaq em alta de 2,56% no fechamento, à frente de Dow Jones e S&P 500. Por outro lado, "uma transição ordeira significa que Biden poderá implementar rapidamente estratégia para esmagar o coronavírus, proporcionando mais estímulo econômico e movendo também sua agenda de gastos com infraestrutura", acrescenta o analista.

Com a demanda por ativos de risco, como ações e commodities, sendo alimentada pela expectativa por ainda mais liquidez global, apenas setores defensivos, como o elétrico e o de telecom, ou ainda muito debilitados pela pandemia, como o turismo, ficaram de fora da ascensão do Ibovespa nesta quinta-feira. Na ponta do índice, favorecidas pela alta do dólar na sessão, destaque para as ações de Suzano (+8,64%) e Klabin (+7,61%), enquanto, no lado oposto, sobressaíram CVC (-3,65%), Energisa (-3,57%) e CPFL Energia (-3,45%).

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