Nesta segunda-feira (20), o Ibovespa emendou a segunda sessão em alta e o quinto fechamento consecutivo na casa de seis dígitos, tendo permanecido acima dos 100 mil pontos em seis dos sete encerramentos desde o último dia 10, em sequência não vista desde a virada de fevereiro para março quando as ações na B3 acentuavam a correção iniciada na quarta-feira de cinzas, em momento no qual a disseminação do coronavírus fora da China passou a preocupar. Nesta primeira sessão da semana, o índice mostrou fôlego para fechar o dia bem perto da máxima, renovada nos minutos finais.
Assim, o Ibovespa escala um degrau novo em sua recuperação desde as mínimas de março, em alta nesta segunda-feira de 1,49%, aos 104.426,37 pontos, com máxima a 104.438,58 pontos. O nível de fechamento permanece como o melhor desde 4 de março, então aos 107.224,22 pontos - no intradia, a máxima de hoje se mantém como a maior desde 5 de março (107.216,56 na abertura daquela sessão) No mês, o Ibovespa acumula ganho de 9,86%, superando os avanços observados ao longo de junho (+8,76%) e de maio (+8,57%), aproximando-se agora do resultado de abril (+10,25%). No ano, as perdas caíram para a casa de um dígito (-9,70%).
Entre as referências de Nova York, o desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira foi superado pelo Nasdaq, que apontava ganho de 2,51%, com Dow Jones em leve alta de 0,03% e o S&P 500, de 0,84% no fechamento. Em dia de vencimento de opções sobre ações, o giro financeiro foi moderadamente reforçado na B3, a R$ 39,2 bilhões no encerramento, com o Ibovespa tendo chegado na mínima a 102.744,25 pontos, saindo de 102.887,60 na abertura.
Destaque nesta segunda-feira para ações do setor de consumo, como Via Varejo (+7,35%) e Magazine Luiza (+6,10%), que dividiram a ponta do Ibovespa com ações de telecom - TIM (+7,35%) e Telefônica Brasil (+5,99%) -, após as duas empresas mais a Claro terem apresentado proposta para aquisição do negócio móvel do Grupo Oi, que está em recuperação judicial. No lado oposto, Sabesp cedeu hoje 1,99%, seguida por Fleury (-1,51%).
"Há uma combinação de quatro fatores que contribuem para sustentar as ações: sinais de progresso sobre as vacinas, especialmente a da Universidade de Oxford; o início positivo da temporada de balanços de empresas de tecnologia nos EUA; a retomada da discussão da reforma tributária no Congresso brasileiro; e a perspectiva de aprovação de novos estímulos fiscais no Congresso americano", diz Renato Chain, economista da Parallaxis Economia. A expectativa de que a União Europeia consiga superar as divisões internas em direção a um entendimento sobre pacote de 1,8 trilhão de euros contra os efeitos econômicos da pandemia também contribuiu para o ânimo dos investidores nesta sessão, observa Chain.
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