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Bolsa fecha em baixa de 0,49%, em dia de perdas acima de 1% em NY

Bolsa fecha em baixa de 0,49%, em dia de perdas acima de 1% em NY

O giro financeiro desta terça-feira (06), a R$ 26,9 bilhões, superou com folga o do dia anterior, que havia ficado abaixo de R$ 22 bilhões

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 18:16

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Movimentação Bolsa de Valores, índice BOVESPA na Bolsa de Valores de São Paulo, mercado, ações, negócios
Movimentação Bolsa de Valores, índice BOVESPA na Bolsa de Valores de São Paulo, mercado, ações, negócios. (Bruno Rocha/Agência O Globo/ Arquivo AG)

No exterior, a renovação da expectativa por vacina para Covid-19 e, aqui, a trégua entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), firmada em jantar na noite de ontem, encaminhavam o Ibovespa a emendar sessão positiva, após o avanço de 2,21% na anterior, que havia sido o maior desde 1º de setembro. No meio do caminho, a rejeição do presidente dos EUA, Donald Trump, à proposta de pacote fiscal dos democratas e a orientação dada aos republicanos de que suspendam as conversas sobre novos estímulos até a eleição de 3 de novembro, inverteram o sinal em Nova York, levando consigo o Ibovespa, que depois passou a limitar as perdas em relação à referência americana, chegando mesmo a oscilar de volta a terreno positivo antes do encerramento.

Ao final, com queda em NY acima de 1%, o índice da B3 apontava baixa de 0,49%, a 95.615,03 pontos, com mínima a 95.211,05, saindo de 96.091,15 na abertura. Na máxima desta terça-feira, o Ibovespa retomou o nível dos 97 mil pela primeira vez desde 25 de setembro, hoje aos 97.404,54 pontos. O giro financeiro de hoje, a R$ 26,9 bilhões, superou com folga o do dia anterior, que havia ficado abaixo de R$ 22 bilhões. Na semana, o índice avança 1,70%, com ganho a 1,07% em outubro e perda a 17,32% no ano.

Contribuindo para que o Ibovespa amenizasse o ajuste ante Nova York na sessão, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC do Pacto Federativo e também do Orçamento para 2021, disse hoje esperar que possa apresentar, na próxima semana, e não amanhã, parecer sobre o Pacto e sobre a PEC Emergencial com Renda Cidadã "Vamos gastar mais uns dias com o Renda Cidadã para ter algo consensuado", explicou o senador.

Mais cedo, a indicação do presidente Jair Bolsonaro de que não daria aval a qualquer opção de financiamento sobre o Renda Cidadã antes da eleição municipal de novembro, por um lado, fez supor elaboração mais cuidadosa da proposta que virá a ser apresentada, mas, por outro, deixa a questão em aberto, uma incerteza que incomoda o mercado, atento às idas e vindas na costura do programa.

Após a sinalização ontem, de Bittar, de que a solução para o auxílio social ficará dentro do teto e terá o "carimbo" de Guedes, "é preciso uma resposta efetiva do governo, com o avanço da agenda de reformas, para o prêmio da curva de juros ser devolvido e justificar um maior alívio com relação ao rumo do fiscal", aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Apesar das pazes entre Maia e Guedes, existem muitas dúvidas sobre a forma de financiamento do Renda Cidadã e os investidores aguardam na defensiva pelo projeto", acrescenta o analista.

Na primeira metade da sessão, em desdobramento positivo no exterior, a Agência Europeia de Medicamentos informou que foi iniciada análise de estudos laboratoriais da BNT162b2, alternativa contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pelas farmacêuticas BioNTech e Pfizer, que poderá acelerar o processo de aprovação da vacina, o que contribuía para ganhos incrementais nesta terça-feira nas bolsas europeias e também em Nova York, até a reaparição de Trump bloqueando a discussão sobre novos estímulos nos EUA.

Até então, o desempenho da B3 nesta terça-feira era mais uma vez beneficiado por avanço das ações de Petrobras, embora em grau mais acomodado do que no dia anterior, e de bancos. Ao final, Petrobras PN e ON mostravam perda de 0,50% e 0,65%, respectivamente, enquanto os ganhos entre os bancos, bem moderados, ficaram restritos a Itaú (+0,18%) e Santander (+0,25%).

Na ponta do Ibovespa, destaque para o segmento de viagens e turismo, com CVC em alta de 9,34%, e Gol, de 7,30%, ambas com ganhos na casa de dois dígitos até a fala de Trump, limitados então assim como Azul, em avanço de 6,50% no fechamento. Nesta sessão, o setor foi estimulado pela expectativa em torno de vacina, para breve, em um quadro de estagnação durante a pandemia que depreciou acentuadamente os papéis deste segmento de serviços associado à mobilidade.

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