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Bolsa inverte sinal e fecha com alta de 1%; dólar fica a R$ 5,38

Bolsa inverte sinal e fecha com alta de 1%; dólar fica a R$ 5,38

Moeda norte-americana diminuiu o ritmo de valorização e fechou com leve alta de 0,93%, cotado a R$ 5,3834, após o Banco Central intervir pela segunda vez no câmbio

Publicado em 1 de junho de 2020 às 19:03

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Dólar
No ano, o dólar à vista ainda acumula valorização superior a 33%. (Pixabay)

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, inverteu o sinal e fechou em alta nesta segunda-feira (1º), após ser beneficiada pelos ganhos das ações do varejo e setor bancário. O índice encerrou o dia com alta de 1,39%, aos 88,620,10 pontos. Já o dólar diminuiu o ritmo de valorização e fechou com leve alta de 0,93%, cotado a R$ 5,3834, após o Banco Central intervir pela segunda vez no câmbio.

O mercado observa atento nesta segunda, as consequências dos protestos do último fim de semana no País, que se dividiram entre atos pró-Bolsonaro e pró-democracia. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, chegou a comparar o Brasil à Alemanha de Hitler. O líder da Câmara dos DeputadosRodrigo Maia, também criticou o que chamou de "ataques à democracia", em referência aos movimentos em prol do presidente.

A alta do Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, veio descolada de Nova York nesta segunda, que teve apenas ganhos marginais. Por lá, os desdobramentos em torno da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos por Derek Chauvin, um policial branco, continua no radar do investidor, que observa o avanço dos protestos nos Estados Unidos.

Aqui, a B3 foi favorecida pela alta das ações do setor bancário, após a votação para o estabelecimento de uma possível taxa fixa para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ficar de fora da pauta do Senado. Caso aprovada, a medida pode reduzir o lucro do setor bancário. Bradesco fechou com alta de 4,49% e Santander com ganho de 4,08%.

Também subiram Gol, com 8,56% e Via Varejo, com 8,31%. Na mínima do dia, a B3 era caía aos 86.836,57 pontos e na máxima, subia aos 89.019,37 pontos - maior nível para um dia desde 11 de março. Com os resultados de hoje, o Ibovespa cede agora 23,37% ao ano.

CÂMBIO

Na máxima do dia, nesta segunda, o dólar era cotado a R$ 5,4194. A disparada da moeda foi uma consequência dos últimos protestos no Brasil e do instável cenário político. Para evitar a alta da moeda, que terminou maio com queda de 1,82%, o BC realizou dois leilões à vista de dólares, totalizados em US$ 530 milhões.

Leilões desse tipo não aconteciam desde o dia 14 de maio - desde então os acordos de swap (venda de dólares no mercado futuro), vinham sendo os mais utilizados. Hoje, em audiência pública virtual, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que o câmbio é flutuante e que a autarquia realiza intervenções quando necessário.

O dólar junho terminou o dia cotado a R$ 5,3750, uma alta de 0,59%. No ano, o dólar à vista ainda acumula valorização superior a 33%

CENÁRIO LOCAL

Para além do cenário político, o resultado positivo da balança comercial para o mês de maio, de US$ 4,548 bilhões, veio acima da mediana das projeções (US$ 4,4 bi) feitas pelo Estadão/Broadcast. Apesar de positivo, o número representa uma queda de 19,1% na comparação com o mesmo período de 2019.

No entanto, a suspensão da China para as importações agrícolas vindas dos Estados Unidos, incluindo a soja, pode favorecer o País neste aspecto, já que pode resultar em um possível aumento de fluxo comercial para o Brasil.

Ainda causa preocupação, o avanço do coronavírus no Brasil, que bateu a marca de meio milhão de infectados. Com o número, o País se tornou o segundo no mundo com o maior número de contaminações, atrás apenas dos Estados Unidos, com 1,7 milhão. Segundo dados do último domingo (31), já são mais de 29 mil óbitos.

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