O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (19) a demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Pelas redes sociais, ele comunicou a indicação do general Joaquim Silva e Luna como novo presidente. Luna é ex-ministro da Defesa no governo de Michel Temer e atualmente é diretor-geral da Itaipu Binacional.
"O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco", afirma a imagem postada de Bolsonaro, com cabeçalho atribuído ao Ministério de Minas e Energia.
A indicação do militar ocorre em meio às críticas de Bolsonaro à política de preços da Petrobras e da pressão de categorias diante da alta dos combustíveis. O presidente já havia dito, na quinta-feira, que interviria na estatal, fala que fez as ações da petroleira caírem nesta sexta na Bolsa brasileira, a B3. No total, a empresa perdeu quase R$ 30 bilhões em valor de mercado.
O conselho de administração da Petrobras ainda precisa aprovar o nome indicado, podendo barrar essa indicação. O governo, porém, tem maioria no colegiado de 11 membros. Sete deles são indicados pelo acionista controlador, que é o governo federal; três nomes vêm dos outros acionistas, e o último é escolhido pelos empregados da Petrobras.
A estatal informou que o conselho tem reunião ordinária prevista para a próxima terça (23), mas a pauta do encontro não foi divulgada.
O mandato da atual diretoria da Petrobras acaba em março. Indicado pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes, Castello Branco foi nomeado no fim de 2018 e reconduzido para um mandato de dois anos em 20 de março de 2019.
Com 71 anos, Luna serviu seus últimos cinco anos no Ministério da Defesa, inicialmente como secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto; depois, como secretário-Geral do Ministério; e por último, como Ministro da Defesa.
Nos seus 12 anos como oficial general da ativa, foi comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé, Amazonas, de 2002 a 2004. Foi chefe do Estado-Maior do Exército de 2011 a 2014 e comandou várias Companhias de Engenharia de Construção na Amazônia.
Luna tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, em curso realizado na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (1998); e Doutorado em Ciências Militares, realizado na Escola de Comando e Estado Maior do Exército (1987/88), entre outros cursos.
No exterior, foi membro da Missão Militar Brasileira de Instrução e Assessor de Engenharia na República do Paraguai, de 1992 a 1994; e adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico no Estado de Israel, de 1999 a 2001.
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