O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, em entrevista por telefone ao jornalista José Luiz Datena, da Band, que o Brasil corre risco de entrar em uma depressão econômica, pior do que uma recessão, em decorrência do impacto do novo coronavírus no país.
Citando medidas tomadas pelo governo federal para preservar empregos, "tudo na casa das dezenas de bilhões de reais", o presidente comparou o cenário com o de uma estrada interrompida, com uma ponte arrastada por uma "chuvarada", remendada por uma "ponte virtual" feita por recursos públicos.
"Então no prazo de dois, três meses, no máximo, a nova ponte de concreto tem que ser feita. Se não for feita, essa ponte virtual com recurso público que nós estamos fazendo agora não vai se sustentar. E daí o Brasil entra em depressão. É pior do que recessão."
O presidente disse em seguida que não está defendendo a economia, mas o emprego, porque o Brasil "não tem como viver com a quantidade de pessoas que estão perdendo o emprego e o governo mantendo".
"Até porque chega um limite e eu não tenho mais como arrancar dinheiro ou nos endividar. Nós temos uma dívida interna de em torno de R$ 4 trilhões. Nós vamos crescer no mínimo mais R$ 600 bilhões o nosso endividamento. Devemos sair, mas não com uma dívida tão alta, e sem capacidade de nós mantermos a roda da economia e os empregos, porque se nós fugirmos disso, será o caos."
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