Com isso, Bolsonaro quer dar a Pazuello - criticado e investigado pela atuação no Ministério da Saúde durante a pandemia - uma saída honrosa para seu auxiliar. O novo ministro Marcelo Queiroga tomou posse nesta terça-feira (23).
Em entrevista à coluna Painel, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que a demora na efetivação da troca é "um erro do governo". "Deveria ter tomado posse na semana passada, espero que isso se resolva amanhã (23)", declarou.
O PPI hoje está sob o guarda-chuva do ministro da Economia, Paulo Guedes. A ida de Pazuello deve coincidir com a transferência do programa de privatizações para a Secretaria-Geral, do ministro Onyx Lorenzoni (DEM) - numa nova derrota para Guedes.
Onyx já teve o programa sob sua supervisão quando ele esteve vinculado à Casa Civil.
A demora na posse de Queiroga levou ainda líderes do bloco do centrão a retomar, desde o final de semana, pressão para emplacar um outro nome na pasta. Segundo relatos feito ao jornal Folha de S.Paulo, integrantes do grupo partidário chegaram a sugerir a ministros palacianos que repensassem as indicações dos deputados federais Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o "Doutor Luizinho", e Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
Em conversas reservadas, contudo, Bolsonaro tem insistido na necessidade de que a pasta seja conduzida por um nome técnico, de preferência um médico, na tentativa de inaugurar o que ele tem chamado de uma nova fase da gestão no combate à pandemia.
Mas o entorno do presidente não exclui a possibilidade de uma mudança ser efetivada caso Queiroga não consiga se desincompatibilizar em breve das empresas das quais é sócio.
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