O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15) que o Ministério da Economia está estudando o pagamento de "mais duas ou três parcelas" do auxílio emergencial após o fim da rodada atual, que termina em julho.
"Mais duas ou três parcelas, está faltando só esse 'finalmente' aí, de auxílio emergencial de média de R$ 250. Média", afirmou Bolsonaro em entrevista à SIC TV, afiliada da RecordTV em Rondônia.
Na segunda-feira (14), o ministro Paulo Guedes (Economia) havia informado ao jornal Folha de S.Paulo a prorrogação por três meses.
De acordo com o ministro, o presidente Jair Bolsonaro baterá o martelo sobre a medida após se informar com o Ministério da Saúde e receber a decisão do Ministério da Cidadania, que é responsável pela gestão do programa.
Na última semana, a equipe econômica havia fechado uma proposta para prorrogar o auxílio a informais por dois meses. O custo estimado era de R$ 18 bilhões.
Em seguida, Guedes afirmou em videoconferência na terça-feira (8) que a assistência poderia ser renovada por mais dois ou três meses. Agora, porém, o ministro disse que ficou decidido que o prazo será de três meses.
A rodada atual do auxílio tem quatro parcelas, que começaram a ser pagas em abril e serão encerradas em julho. Hoje, o valor de cada parcela varia R$ 150 a R$ 375 por mês.
A prorrogação do auxílio emergencial é uma das apostas de Bolsonaro para alavancar sua popularidade, que está em queda.
Além disso, Bolsonaro confirmou na entrevista desta terça sua intenção de turbinar o Bolsa Família, programa criado na gestão do PT.
"Agora, no tocante ao Bolsa Família, tivemos uma inflação durante a pandemia no tocante aos produtos da cesta básica em torno de 14%, você teve item que subiu até 50%, sabemos disso daí", disse o presidente.
"E o Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro. Passaria de, em média, R$ 190 para R$ 300. É isso que está praticamente acertado aqui", afirmou.
Segundo Bolsonaro, o programa social contemplaria cerca de 18 milhões de famílias.
Na mesma entrevista, Bolsonaro comentou da intenção de, na proposta de reforma tributária, acabar com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mas com a criação de uma compensação.
O mandatário disse que, fechada a proposta, ela será submetida à população, já que, na véspera de tentar sua reeleição, Bolsonaro tenta se esquivar de medidas impopulares.
"O Paulo Guedes tem estudado uma maneira de acabarmos com o IPI. O imposto sobre produtos industrializados é muito alto no Brasil. É geladeira, fogão, bicicleta... Obviamente, com uma compensação do outro lado", afirmou Bolsonaro.
"Estamos buscando disso aí e nós pretendemos, se chegarmos à conclusão disso, apresentar a proposta à população e ver qual a reação", disse o presidente.
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