O Bradesco terá de pagar R$ 95 milhões ao Banco Central como punição por falhas na comunicação de operações suspeitas de lavagem de dinheiro ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O valor foi firmado em termo de compromisso na sexta-feira (29). Do total, o banco arcará com R$ 92,2 milhões, e oito diretores pagarão R$ 350 mil cada.
De acordo com o documento publicado no site da autoridade monetária, o Bradesco se comprometeu a enviar ao BC um plano de aprimoramento de procedimentos de prevenção a lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo, que será aprovado pelo regulador.
A instituição tem 30 dias para enviar o plano de melhorias. Depois de aprovado, o banco tem o prazo de 12 meses para implementação.
O Bradesco também terá de contratar uma empresa de auditoria para elaborar relatório sobre o cumprimento das obrigações e dos prazos previstos no termo.
O termo de compromisso é uma espécie de acordo entre o BC e a instituição financeira.
Nele, o banco se compromete a corrigir irregularidades, indenizar prejuízos e pagar contribuição pecuniária -o equivalente a uma multa, só que estabelecido em comum acordo.
O documento tem validade de 19 meses. Em caso de descumprimento, o BC revogará o termo e adotará medidas administrativas e judiciais.
Procurado, o BC respondeu que não comenta caso específico e que todos os termos de compromisso são públicos e divulgados na página do BC.
O Bradesco afirmou, em nota, que o termo de compromisso é "uma oportunidade de avanço conjunto com o Banco Central do Brasil no aprimoramento contínuo dos procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e no combate ao uso indevido do Sistema Financeiro Nacional".
"O Bradesco ressalta que possui sistemas e políticas sólidas em linha com as melhores práticas de mercado", afirmou.
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