A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (9), que vai colocar à disponibilização do setor imobiliário R$ 43 bilhões em recursos. Considerando os R$ 111 bilhões de outras linhas de crédito anunciadas nas semanas anteriores, o banco estatal totaliza agora R$ 154 bilhões em recursos no combate aos impactos da crise gerada pelo coronavírus no país. Do total das linhas anunciadas em meio à crise, a Caixa já emprestou R$ 35 bilhões.
Os R$ 43 bilhões anunciados hoje, durante uma live, serão usados tanto para tanto para novos contratos de financiamento imobiliário quanto para contratos já em andamento, de pessoas e construtoras. Ao todo, o pacote inclui 10 medidas, conforme antecipou na quarta-feira (8) o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em contrapartida, as empresas não poderão demitir seus empregados. O banco vai disponibilizá-las na próxima segunda-feira (13).
Dos R$ 43 bilhões anunciados, haverá concessão de carência de seis meses para pessoas físicas e jurídicas na contratação de novos empréstimos para a compra e a construção de imóveis.
As empresas poderão também solicitar a antecipação de 20% dos recursos na contratação de crédito para novos empreendimentos. "Isso dá fôlego, faz com que a empresa não precise usar recursos próprios para iniciar as obras", disse o vice-presidente de habitação, Jair Mahl.
O banco também permitirá às construtoras que já têm obras em andamento solicitarem a antecipação de recursos referentes aos três meses seguintes. A medida ajuda a dar fôlego para as empresas, uma vez que, no setor de construção, a liberação dos recursos para a construção é feita a cada mês, de acordo com o andamento da própria obra.
A Caixa também anunciou nesta quinta que pessoas e empresas terão o direito de fazer um pagamento parcial das parcelas dos financiamentos imobiliários. "Para nós, tá tranquilo. Estaremos junto da sua opção. Para nós é importante a manutenção dos empregos", frisou Mahl.
O banco já vem concedendo pausa nos empréstimos por conta da crise. No meio de março, logo que a crise estourou, a Caixa concedeu dois meses de paralisação nos pagamentos. Mais tarde, ampliou essa pausa para três meses.
Até o momento, segundo Guimarães, já foram solicitadas 1,5 milhão de pausas nos financiamentos. "Quem pediu dois meses de carência, já tem automaticamente o terceiro mês. É um compromisso nosso, se houver uma crise econômica, mais forte, nós avaliaremos estender para quatro meses", explicou o presidente da Caixa. "Neste momento, nossa análise é que o terceiro mês é suficiente", acrescentou.
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