O ano da pandemia do coronavírus também foi o ano do "boom" imobiliário no Brasil. Prova disso é que a Caixa Econômica Federal, líder no mercado de financiamento habitacional, dobrou a concessão de crédito imobiliário em 2020.
O banco estatal divulgou nesta quinta-feira (24) o resultado da sua carteira de financiamento habitacional em 2020: foram concedidos R$ 509,8 bilhões para pessoas adquirirem imóveis, superando os R$ 465,1 bilhões financiados em 2019.
A Caixa continua sendo o maior financiador da casa própria no país, embora sua participação tenha diminuído de 69,2%, patamar atingido em 2019, para os 68,8% com que fechou o ano passado.
As contratações de crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE) evoluíram de R$ 26,6 bi para R$ 53,7 bi em 2020 – repetindo o crescimento superior a 100% que já tinha sido registrado entre 2018, quando foram concedidos R$ 13,5 bi, e 2019.
“O ano de 2020 foi histórico. Ultrapassamos os R$ 500 bi, o que é, de muito longe, a maior carteira imobiliária do Brasil, correspondendo a quase 70% do mercado, com 5,6 milhões de famílias [que assinaram contratos de financiamento]”, disse, esta tarde, o presidente do banco, Pedro Guimarães, acrescentando que o segmento imobiliário é o “coração da Caixa”.
De acordo com Guimarães, o resultado é fruto das medidas que o banco adotou nos últimos dois anos, incluindo reduções de taxas de juros, a criação de produtos e a implementação da jornada digital do financiamento.
“O maior crescimento foi exatamente na faixa de renda média, que é a que depende da Caixa Econômica Federal. Ou seja, a parte de renda menor, exatamente a [contemplada no] programa Casa Verde Amarela que tem o financiamento do FGTS”, acrescentou Guimarães, detalhando que cerca de 96% dos R$ 62,3 bi aplicados no programa que reformulou o antigo Minha Casa, Minha Vida foram financiados diretamente pela Caixa.
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