O texto da Medida Provisória que amplia possibilidades de saques das contas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), assinada nesta quarta (24) por Bolsonaro, permite que a Caixa Econômica Federal cobre tarifas do trabalhador que transfira o dinheiro a outro banco.
Hoje, a Caixa cobra R$ 22 por transferência de valores de suas contas a outros bancos. A medida permitirá à instituição minimizar perdas de receita com os saques do fundo. O presidente do banco público diz que o FGTS representa hoje 1% do faturamento da instituição.
> Veja se vale a pena sacar o FGTS e como aproveitar melhor o dinheiro
Em 2017, o total de contas do FGTS era de 254,4 milhões. Dessas, 154,7 milhões (60,8%) eram inativas. Um mesmo empregado pode ter várias contas em seu nome.
Segundo a MP, as tarifas podem ser cobradas já nos saques de até R$ 500 que estarão disponíveis aos trabalhadores de setembro deste ano até março de 2020.
> Governo vai repassar 100% do lucro do FGTS aos trabalhadores
A possibilidade da cobrança se estende a transferências de valores sacados em todas as possibilidades de saque previstas, inclusive sobre os recursos de contas que tenham saldo inferior a R$ 80 e que não tenham tido movimentação por ao menos um ano.
"Pelo texto da norma, a cobrança poderá ser feita por saque e por conta. O conselho curador do FGTS provavelmente terá de regulamentar como a Caixa vai usar esses recursos", diz André Fittipaldi, sócio do escritório Tozzini Freire.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta