SÃO PAULO - A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta (21) a redução das taxas de juros para o financiamento da casa própria com uso do FGTS.
As novas taxas para quem se enquadrar na modalidade pró-cotista e efetivar a contratação do crédito até 31 de dezembro de 2022 partem de TR + 7,66% ao ano para imóveis de até R$ 350 mil, uma redução de 1 ponto percentual.
Para imóveis acima de R$ 350 mil e de até R$ 1,5 milhão, a taxa foi ajustada para TR + 8,16% ao ano, uma queda de 0,5%.
Além da redução de taxas, a quota de financiamento na linha pró-cotista foi ampliada para até 80% do valor de avaliação do imóvel.
Na modalidade pró-cotista não há limite de renda familiar. O parcelamento mínimo é de 60 meses (5 anos), e pode chegar a 240 meses (20 anos) na tabela Price ou a 360 meses (30 anos) no sistema SAC (Sistema de Amortização Constante).
Pela tabela Price, as prestações serão sempre iguais, mas serão compostas por mais juros. Já pelo SAC as parcelas são mais caras no início e mais baratas no final, por causa da diminuição progressiva dos juros.
Segundo os especialistas, para quem não pode dispor de valores mensais mais altos no começo, a Price é mais indicada, mas é preciso ficar atento para não usar todo o limite do orçamento.
Já para quem quer pagar menos juros e pode arcar com um valor de parcela mais alto no início do financiamento, seria melhor financiar pelo SAC.
A Caixa também anunciou a ampliação da faixa de renda para financiamento por meio do programa de habitação popular com recursos do FGTS. Passam a ter acesso famílias com renda de até R$ 8.000, com taxa de juros até 7,16% ao ano.
Em 2021, cerca de 350 mil famílias se beneficiaram do programa Casa Verde Amarela, por meio de financiamento com recursos do FGTS.
Nos primeiros quatro meses deste ano, o programa possibilitou a contratação de cem mil unidades habitacionais, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional.
Em maio, o governo federal autorizou a ampliação do subsídio para financiamento de imóveis do Programa Casa Verde Amarela, após mais de três anos de paralisação. Com o aumento do subsídio, a expectativa do governo é de que haja a contratação de 400 mil unidades ao longo de todo o ano de 2022.
O programa habitacional tem sido uma das vitrines políticas de Jair Bolsonaro para sua reeleição e foi usado para ampliar a inserção do presidente na região Nordeste, a única onde ele não foi vencedor na disputa de 2018.
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