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Caixa vai manter calendário do saque emergencial de R$ 1.045 do FGTS

Caixa vai manter calendário do saque emergencial de R$ 1.045 do FGTS

Banco diz que todos os beneficiários serão contemplados, mesmo após Câmara ceder às pressões do governo e retirar MP que liberava saques da pauta

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 19:34

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Caixa divulgou que vai manter o calendário do saque emergencial de R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) mesmo após vencimento da medida provisória que autorizava o resgate, nesta terça-feira (4). Veja o calendário no final da matéria.

Aplicativo Caixa Tem por ele é possível receber crédito do auxílio emergencial, BEm e FGTS
Aplicativo Caixa Tem, por onde é pago o FGTS emergencial. (Siumara Gonçalves)

"A Caixa, na qualidade de agente operador do FGTS, esclarece que, com base no princípio constitucional da segurança jurídica, mantém o cronograma do saque emergencial do FGTS até o fim do prazo de pagamento estabelecido pela MP 946/20, conforme anunciado anteriormente", informou o banco.

O FGTS emergencial começou a ser liberado no final de junho para os nascidos no mês de janeiro. O calendário de resgates segue de acordo com o mês de nascimento do trabalhador.

Primeiro, a grana fica disponibilizada na conta poupança social digital, criada automaticamente pela Caixa. Depois, o dinheiro fica disponível para saque ou transferência para contas de outros bancos. (Veja calendário completo abaixo)

A Câmara cedeu às pressões do governo e retirou a MP da pauta de discussão. A remoção do texto, que precisava ser votado até esta terça (4), foi aprovado por 294 votos a favor e 148 contrários. A decisão de deixar a medida provisória caducar foi tomada após o Senado ampliar as possibilidades de saques de recursos do FGTS, em votação realizada no mesmo dia.

A manobra do governo teve apoio de partidos que deixaram recentemente o blocão, como MDB e DEM, e foi chancelada pelo centrão-raiz, grupo que reúne PP, PL e Republicanos e que forma a base informal de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara.

Siglas como PSC, PTB, PROS e PSL - que querem formar um bloco independente - , além de Solidariedade, Cidadania, Podemos, PSDB e PSD também votaram a favor da retirada de pauta. A oposição e o Novo foram contrários à manobra do governo.

Em sua argumentação pela retirada de pauta, o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), disse que a aprovação da MP poderia desidratar as contas do FGTS. O MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) estimava em R$ 120 bilhões o impacto do texto aprovado no Senado.

"Nesse caso particular, é importante destacar que o fundo financia a habitação no país", afirmou Vitor Hugo. "E quando a gente começa a atingir esse fundo em particular, estamos falando em moradia para as pessoas mais carentes do país."

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