A reportagem vem sendo atualizada de acordo com as novas informações de protestos pontuais realizados por caminhoneiros nesta segunda-feira.
O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informaram que, até o fim da tarde desta segunda-feira (1º), todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), encontravam-se com fluxo livre de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial.
Lideranças dos caminhoneiros autônomos, transportadores de cargas, convocaram motoristas para uma paralisação a partir desta segunda. No entanto, há uma divisão entre as entidades que representam o setor e a maioria delas descarta participar de qualquer movimento grevista neste momento.
No Espírito Santo, a PRF não há nenhum movimento de paralisação ou protesto de caminhoneiros e que monitora a situação nas rodovias federais que cortam o Estado.
Entre outras reivindicações, os caminhoneiros querem redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos.
Apesar da informação da PRF, concessionárias de estradas registraram manifestações pontuais. Em São Paulo, caminhoneiros interromperam o fluxo de duas faixas da Rodovia Castello Branco (SP-280), na altura de Barueri, onde fazem uma caminhada contra o governador João Doria. O protesto no local foi organizado por autônomos. A reivindicação, porém, diferencia das que foram apresentadas pelas entidades que organizam a greve, que tem como principal bandeira a alta do preço de combustíveis.
Em Votorantim (SP), caminhoneiros bloqueavam parcialmente a rodovia Antonio Raimundo Soares (SP-79) e obrigavam os motoristas de caminhões e carretas a parar o veículo no pátio de um posto de combustível localizado no km 100. Desde a madrugada até as 9 horas, mais de 300 veículos tinham sido abordados. A passagem estava liberada para carros, ônibus, ambulâncias e veículos que transportavam combustível, perecíveis e produtos hospitalares.
Em Goiás, na BR 060, na altura de Guapó, manifestantes atearam fogo em pneus na tentativa de bloquear totalmente a pista. Equipes da PRF e do Corpo de Bombeiros atuaram e já removeram as barreiras e liberaram o tráfego.
No Rio Grande do Norte, na altura de Mossoró, foi feito um bloqueio parcial de caminhoneiros na BR 304, que colocaram pneus na rodovia. A ação se desenvolveu de forma pacífica e a PRF já desobstruiu a pista.
Na Bahia, na BR 116, altura dos kms 522 e 528, na região de Itatim, houve uma tentativa de bloqueio parcial rodovia entre 13h e 15h. Manifestantes atearam fogo em pneus e abandonaram o local. PRF já faz o trabalho de remoção do material e a via está liberada.
Durante a madrugada, por volta da 1h, houve interdições na região de Vitória da Conquista, altura do km 814. Mas, segundo a Via Bahia, a situação já foi normalizada.
Neste domingo (31), um áudio de uma conversa entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e uma liderança local de caminhoneiros, circulou em grupos de Whatsapp, no qual o ministro afirma não ter possibilidade de atender alguns dos principais pedidos do segmento.
Tarcísio de Freitas confirmou ao Estadão a autenticidade do áudio e confirmou que a conversa ocorreu no sábado (30), mas disse que se tratava, apenas, de esclarecer o papel do governo em cada demanda, o que é possível fazer e o que não é.
O Ministério da Infraestrutura informa, ainda, que boletins sobre o fluxo de veículos serão atualizados periodicamente e "estão baseados em informações do centro de controle da Polícia Rodoviária Federal".
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