As paralisações das atividades do Hotel Canto do Sol, localizado na Praia de Camburi, trouxe à tona o interesse de diversas empresas em adquirir o espaço para realizar novos negócios.
Avaliado em mais de R$ 100 milhões, segundo especialistas, o Canto do Sol tem um espaço nobre que atrai a atenção de construtoras, interessadas em realizar projetos residenciais no terreno, e mesmo de outros empreendedores, que visam à continuação de trabalhos no setor hoteleiro.
A partir do próximo mês, o hotel fechará as portas com a possibilidade de reabrir apenas em 2017 se a crise econômica passar. A intenção do Grupo HP, gestor do negócio, é reformar as instalações do Canto do Sol aos poucos e construir um centro de convenções nos fundos do prédio. Mas a rede não descarta vender a área e o edifício.
Entre as companhias que avaliam possíveis projetos para o local está a Galwan. A construtora disse não ter negócio fechado, mas que estuda, assim como outras empresas, uma forma de utilizar o espaço, podendo, inclusive, aproveitar a edificação já existente.
O consultor imobiliário José Luiz Kfuri afirma que o hotel, por ter uma construção de qualidade, pode ganhar vários destinos. Pode ser uma alternativa residencial com serviços, como um apart hotel. Mas uma demolição está fora de cogitação. Apesar de o terreno estar numa região bem valorizada, o mais valioso ali é o edifício, explica.
Para o presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Aristóteles Passos Costa Neto, o espaço é nobre, mas seria uma perda para Vitória o fim do hotel. O local teve momentos de charme, pode estar com dificuldades hoje por causa da crise econômica, mas Vitória tem uma carência de hotéis. O que o Canto do Sol precisa é ser recuperado e voltar ao padrão do passado para a demanda futura, avalia.
Para o vice-presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Nerleo Caus, o fechamento é reflexo da crise no país. O hotel é um marco do setor no Estado. Vamos torcer para que ele seja reformado.
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