Na contramão do que defendem diversos setores empresariais, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta terça-feira que a reforma administrativa não precisa ser preferencialmente aprovada antes da tributária. "As duas reformas devem caminhar concomitantemente, mas não necessariamente a reforma administrativa precisa ser concluída antes da reforma tributária, até por seus efeitos de curto prazo não serem, talvez, tão importantes para dar suporte maior à reforma tributária", avaliou Andrade durante o fórum Estadão Think, realizado pelo Estadão com patrocínio da CNI.
Em meio à forte rejeição, principalmente, à proposta de tributar a distribuição de lucros e dividendos em 20%, entidades que representam setores produtivos - entre elas a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) - passaram a defender que a reforma administrativa tenha prioridade na agenda, de modo que a reforma tributária seja realizada sob menor pressão por aumento de carga.
Hoje, durante o fórum, o presidente da CNI minimizou também a alegada dificuldade de aprovação de reformas no ano que vem, dada a contaminação do debate pelas eleições. Falando sobre a reforma administrativa, Andrade julgou que, se a Câmara conseguir, como prometido, entregar o texto ao Senado a tempo, será mais fácil para que a aprovação seja concluída pelo Legislativo mesmo em ano eleitoral. "Se avançar na Câmara, fica mais fácil aprovar no Senado no ano que vem. O importante é avançar agora. Podemos avançar neste ano e continuar no ano que vem mesmo sabendo das dificuldades de um ano eleitoral", opinou Andrade.
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