A pandemia do novo coronavírus levou as contas do governo federal a registrarem um novo déficit no mês de julho, de R$ 87 bilhões. Impulsionado principalmente pelo efeito do coronavírus, o rombo chega a R$ 505 bilhões no acumulado do ano.
Os números mostram piora significativa frente um ano atrás. Em julho do ano passado, o déficit havia sido de R$ 5,9 bilhões e, nos primeiros sete meses de 2019, o rombo somava R$ 35 bilhões.
De acordo com o Tesouro, o resultado é explicado pela redução significativa na arrecadação combinada com o aumento nas despesas decorrentes de medidas de combate à crise da Covid-19.
Em relação a julho de 2019, o resultado primário no mês neste mostrou redução real de 22% na receita líquida e crescimento real de 45% na despesa.
No mês, o Tesouro Nacional e o Banco Central foram deficitários em R$ 68 bilhões, enquanto a Previdência Social apresentou déficit de R$ 20 bilhões.
Enquanto a menor receita do mês é explicada principalmente pela retração econômica, o comportamento da despesa foi determinado pela execução de medidas de combate à crise, que somou R$ 62,8 bilhões no mês de julho.
Entre as medidas, estão o auxílio emergencial (R$ 45,9 bilhões) e o socorro a estados e municípios (R$ 18,3 bilhões).
No acumulado até julho de 2020, os gastos primários realizados para o combate à crise da Covid-19 chegaram a R$ 273,4 bilhões, de um total de R$ 505 bilhões aprovados até o final de julho.
Diante dos números, o Tesouro faz uma defesa da retomada do ajuste fiscal e do preservação do teto de gastos.
"A retomada do processo de consolidação fiscal é fundamental para manter as condições econômicas favoráveis ao crescimento de longo prazo, permitindo a criação de emprego e aumento da renda, bem como é essencial para preservar a sustentabilidade do financiamento das políticas públicas já existentes", afirma o Tesouro em nota.
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