A Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa) demitiu 32 pessoas de várias áreas da estatal na última semana. Gastando mais do que arrecada, a empresa precisa reequilibrar suas contas e reduzir o número de funcionários está sendo a alternativa.
De acordo com uma portaria publicada no dia 19 de julho, mesmo com medidas de racionalidade do custeio da Companhia, como a revisão de contratos, a Codesa está a caminho de seu terceiro ano consecutivo no vermelho.
Entre os anos de 2017 e 2018, a estatal registrou um déficit de R$ 43 milhões. No primeiro semestre deste ano a autoridade portuária já está com um déficit aproximado de mais R$ 7 milhões.
Já antevendo a situação, em 2017, a empresa começou a ofertar os planos de Demissão Incentivada e de Demissão Assistida aos funcionários.
Além de buscar o reequilíbrio, o foco em se tornar mais enxuta e eficiente também tem o objetivo de tornar a Codesa mais atrativa para o mercado, já que o governo federal pretende privatizá-la até 2021, com leilão previsto para ocorrer no primeiro trimestre desse ano.
PROBLEMAS
O INSS advertiu a Companhia sobre a irregularidade de aposentados, em regime de aposentadoria especial, que permaneciam trabalhando em áreas de risco. Segundo o Instituto, pessoas com idade avançada estariam trabalhando em altura, em área com poeira ou outros tipos de insalubridades.
Além disso, em junho deste ano, a Secretaria e Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia, publicou uma portaria em que determinou a redução do número de empregados próprios da Codesa com uma das medidas de amenizar a situação da estatal.
INCÊNDIO
Outro agravante da situação da companhia foi um incêndio. Em abril deste ano, um silo na área de granéis sólidos da Codesa foi danificado pelo fogo.
No portaria publicada, a Codesa admitiu que não tem interesse em manter o modelo de exploração econômica desses silos, onde aloca empregados próprios. A Companhia destacou que, quando as condições de operação forem restabelecidas, o próprio operador portuário é quem deve alocar empregados na atividade.
A operação de granéis sólidos, entre 2017 e 2018, registrou um prejuízo de R$ 4 milhões para a estatal. Neste ano, ele já está em R$ 1 milhão negativos.
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