O investimento da Fibria de cerca de meio bilhão de reais na fábrica de bio-óleo, em Aracruz, vai de fato acontecer no Espírito Santo. O presidente da companhia, Marcelo Castelli, confirmou na manhã desta quarta-feira (28) que a empresa decidiu construir a primeira planta de combustível renovável, que será feita em parceria com a americana Ensyn, no Estado.
Desde que o projeto foi anunciado, havia estudos sobre o local mais adequado para receber a unidade, sendo São Paulo o Estado que mais apresentava chances ao lado do município capixaba.
Naquela corrida entre o Espírito Santo e São Paulo, o Espírito Santo saiu na frente. A paternidade (da fábrica) já é do Espírito Santo. Nós estamos tranquilos e pacificados quanto a isso, que é fruto do diálogo entre o governo municipal e do Estado, principalmente, afirmou o presidente após o evento em comemoração aos 40 anos de Portocel, terminal em Barra do Riacho que tem como sócias a Fibria (51%) e a Cenibra (49%).
O executivo explicou que a expectativa é que ainda neste ano o conselho da empresa bata o martelo sobre o início das obras. A partir dessa decisão, a previsão é de que a planta seja construída dentro de dois anos e comece a operar em 2020.
Castelli ponderou que a consolidação do investimento ainda depende de testes que estão sendo realizados nos Estados Unidos. Estamos avançando muito fortemente com os nossos parceiros americanos e ainda temos que realizar os testes junto aos futuros clientes.
Ele adiantou que a fábrica em Aracruz será a primeira, mas que o grupo prevê, dentro do seu plano de negócios, investir em outras unidades no Brasil.
A fábrica de biopetróleo, como também é chamada, vai usar cascas e resíduos da madeira de celulose, produzidos na própria unidade da Fibria, em Aracruz, para gerar energia. A intenção é que a biomassa produzida seja exportada para os Estados Unidos. O produto pode ser utilizado para aquecimento doméstico, fertilizante orgânico, aditivos e como combustível.
A unidade irá produzir 110 mil toneladas de biopetróleo, quantia que representa 1.300 barris de óleo equivalente por dia.
Em ocasiões anteriores, a Fibria informou que o empreendimento vai criar cerca de 1.000 empregos, entre diretos e indiretos, sendo 300 no pico das obras, 500 oportunidades na parte florestal, e, aproximadamente 200 na indústria.
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