A nova consulta ao Sistema de Valores a Receber do Banco Central já está no ar e os brasileiros podem saber se têm dinheiro esquecido em bancos ou não.
O Banco Central criou um calendário de liberação das transferências bancárias, que varia de acordo com o ano de nascimento do cidadão ou da criação da empresa. Apenas a partir da data definida será possível saber o valor exato que poderá ser resgatado. Para fazer a consulta, basta informar o CPF e a data de nascimento ou CNPJ e a data de abertura da empresa.
Para nascidos antes de 1968, as transferências poderão ser solicitadas entre os dias 7 e 11 de março. Já para nascidos após 1983, a liberação ocorrerá entre 21 e 25 de março. Há ainda um período de repescagem para quem perder a data definida.
Quando receber o agendamento, é necessário conferir se foi para o período de 4h às 14h ou de 14h às 24h. Se esquecer ou perder a data e o período agendados, basta fazer a consulta novamente para confirmar a informação. No caso de quem não voltar ao sistema no período definido, o calendário prevê uma data para repescagem.
O início da consulta começou algumas horas antes do previsto. Às 22h45 deste domingo (13), já era possível saber se há dinheiro para receber ou não.
Para quem tiver dinheiro, o sistema informará uma data para retornar ao site, conhecer os valores disponíveis e solicitar sua transferência, a partir de 7 de março. O dinheiro deverá ser depositado via Pix, TED ou DOC em até 12 dias úteis.
Esta segunda consulta exigirá uma conta no portal gov.br com nível de segurança ouro ou prata, considerados mais seguros. Ou seja, quem descobriu que tem dinheiro para receber deve atualizar seu cadastro gov.br para poder consultar quanto receberá e pedir a transferência. Veja abaixo o passo a passo.
No caso de quem não tem valores a receber nessa primeira etapa, o sistema informa que o cidadão poderá fazer uma nova consulta a partir de 2 de maio deste ano, na segunda fase de liberações.
Nesta primeira etapa, terão direito a reaver o dinheiro esquecido titulares de contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível. Serão ainda devolvidas tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC.
Além disso, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados também poderão ser reavidos.
O Banco Central prevê que na segunda etapa de liberações, que deve ocorrer ainda em 2022, serão disponibilizados também os valores de tarifas e parcelas cobradas indevidamente em operações de crédito, como empréstimos e financiamentos. Também devem entrar valores de contas de corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, finalizadas com saldo.
A consulta e solicitação dos valores acontece exclusivamente através do endereço valoresareceber.bcb.gov.br. Não é possível fazer o procedimento através do site do Banco Central ou Registrato, como disponibilizado nos primeiros dias de divulgação do serviço, em janeiro. A mudança foi feita após queda do site do banco em 25 de janeiro em razão do alto volume de acessos.
Os bancos são os responsáveis pelos valores e devem ser consultados em caso de reclamação. O BC também disponibiliza um canal para reclamações e atende o público por meio do número 145 (há custo de ligação local na chamada). Instituições financeiras podem tirar dúvidas sobre o serviço pelo email [email protected].
Segundo o BC, aqueles que não conseguirem solicitar a devolução do dinheiro não precisam se preocupar. "Eles são seus e continuarão guardados pelas instituições financeiras o tempo que for necessário, esperando até que você solicite a devolução", comunicou o banco no novo site.
A ferramenta SVR (Sistema de Valores a Receber), que precisou ser retirada do ar após travar o site do Banco Central pela alta procura, reúne R$ 3,9 bilhões na primeira etapa de devolução.
O BC divulgou que há, no total, R$ 8 bilhões, no total, que podem ser recuperados. Haverá uma segunda fase de resgate de valores esquecidos.
A maior parte do dinheiro que começou a ser liberado pelo Banco Central foi esquecida por pessoas físicas, e não por empresas. Dos 27,9 milhões de beneficiários que poderão ter acesso aos valores na primeira etapa de pagamentos, 26 milhões são de CPFs e 1,9 milhão é de titulares de CNPJs.
O Banco Central não envia links ou entra em contato com consumidores para tratar do tema, solicitar senhas ou dados pessoais. O órgão recomenda ainda que os interessados não cliquem em links suspeitos enviados em nome da instituição e não façam qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores.
A empresa de cibersegurança Kaspersky identificou pelo menos 25 sites que usam o sistema Valores a Receber, do Banco Central, como isca para golpes financeiros. As páginas tentam se passar pelo sistema oficial do Banco Central para coletar dados como CPF e chaves Pix.
VEJA O CALENDÁRIO DE PAGAMENTOS DE QUEM TEM DINHEIRO A RECEBER
* Por data de nascimento (pessoa física) ou fundação da empresa (pessoa jurídica)
VEJA O PASSO A PASSO PARA RESGATAR O DINHEIRO
2. Se tiver dinheiro esquecido nos bancos, verifique seu cadastro Gov.br
3. Descubra quanto você tem para resgatar e peça a transferência do dinheiro na data agendada
4. Receba o dinheiro
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