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Credibilidade da política monetária é chave no Brasil, diz presidente do BC

Credibilidade da política monetária é chave no Brasil, diz presidente do BC

Ao mesmo tempo que pregou a credibilidade da política monetária, Campos Neto reforçou que a autoridade monetária não está "ajustando os objetivos" em meio à inflação alta

Publicado em 1 de outubro de 2021 às 14:18

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa durante cerimonia de sansão da Lei da Autonomia do Banco Central
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa durante cerimonia de sansão da Lei da Autonomia do Banco Central. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em webinar do Morgan Stanley, que a credibilidade da política monetária é chave no Brasil para atingir a meta de inflação. "Estamos dizendo de maneira bem forte que faremos o que for necessário para cumprir a meta de inflação."

Ao mesmo tempo que pregou a credibilidade da política monetária, o presidente do Banco Central reforçou que a autoridade monetária não está "ajustando os objetivos" em meio à inflação alta. "Sempre há uma meta móvel. Não estamos mudando nossos objetivos porque a inflação está alta. Tentamos ser o mais transparente possível nas nossas comunicações. Precisamos atingir a meta de inflação", disse.

Campos Neto ainda repetiu que, na visão do BC, o nível final da Selic é mais importante que o ritmo de alta para alcançar a meta de inflação. "Acreditamos que o passo e o instrumentos que temos agora são compatíveis com o cumprimento da meta.

RUÍDOS

O presidente do BC repetiu que os ruídos relacionados ao fiscal têm trazido apreensão. Em meio ao debate de nova rodada de auxílio emergencial e ampliação do Bolsa Família, o presidente do BC afirmou que há dúvidas se o programa social será temporário ou permanente e como será financiado. "Muitas perguntas sobre programa social ainda não foram respondidas."

Campos Neto, porém, repetiu que, "virada essa página", a perspectiva é de melhora. O presidente do BC citou novamente a melhora nos dados fiscais e destacou que não se deve apenas à inflação.

O presidente do BC ainda destacou que o crescimento do crédito no Brasil é saudável, com baixa inadimplência. "Tivemos um dos maiores crescimentos de crédito entre emergentes em 2020", lembrou.

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