Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 12,45 bilhões em fevereiro de 2021, recorde nominal para um mês de fevereiro na série histórica iniciada em 1994, aponta a Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
A entidade diz que o montante superou em 1,3% o registrado em janeiro e quase dobrou na comparação com fevereiro de 2020 (R$ 6,38 bilhões), exibindo crescimento de 95,3%.
No primeiro bimestre de 2021, o montante financiado somou R$ 24,74 bilhões, alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, o montante financiado somou R$ 135,19 bilhões, alta de 64,4% em relação ao período imediatamente anterior.
No cálculo de unidades, foram financiados 50,6 mil imóveis em fevereiro de 2021 nas modalidades de aquisição e construção, resultado 8% menor que o do mês anterior. Comparado a fevereiro de 2020, a alta registrada foi de 98,4%.
No primeiro bimestre de 2021 foram financiados, com recursos da poupança SBPE, 105,69 mil imóveis, resultado 97,8% superior ao de igual período de 2020. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2021, foram financiados com recursos da poupança 479,04 mil imóveis, resultado 53,7% superior ao do período anterior (311,60 mil unidades).
No mês de fevereiro de 2021, a captação líquida da poupança SBPE foi negativa em R$ 5,01 bilhões, apontando que a sazonalidade continua a prevalecer. De acordo com a associação, a sazonalidade se deve à concentração de gastos obrigatórios no início de ano (como IPTU, IPVA e despesas escolares), que, em muitos casos, são quitados com recursos de poupança.
Segundo a Abecip, um dos fatores que explica o quadro de 2021 é o fim do auxílio emergencial, que deverá ser retomado a partir de abril em valores menores e a um contingente mais restrito de pessoas. "É possível, portanto, que março ainda apresente alguma pressão sobre as cadernetas", diz a entidade.
O saldo da poupança SBPE encerrou fevereiro em R$ 782,3 bilhões, com recuo de 0,5% no mês. Em termos anuais, os números são positivos e ainda muito expressivos, com alta de 20,5% em relação a fevereiro do ano passado.
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