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De economia prestes a decolar a PIB meio anêmico: relembre falas de Guedes

De economia prestes a decolar a PIB meio anêmico: relembre falas de Guedes

Veja as declarações e promessas que já foram feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que mostram mudança no discurso sobre o crescimento econômico do país

Publicado em 29 de maio de 2020 às 22:13

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (29) que o Produto Interno Bruto (PIB) do país já poderia estar "meio anêmico" antes da pandemia do coronavírus.

Ministro da Economia, Paulo Guedes
Ministro da Economia, Paulo Guedes, muda discurso sobre crescimento  Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A declaração ocorre após o anúncio de queda de 1,5% no crescimento econômico no primeiro trimestre, a maior retração desde o recuo de 2,1% no segundo trimestre de 2015.

"Vou pedir para desagregarmos. Para vermos se nos dois primeiros meses já estávamos decolando e no terceiro mês a crise nos derrubou, ou se já estávamos em estado meio anêmico", afirmou em seminário virtual promovido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A fala sinaliza uma mudança do discurso do ministro, quem dizia em março que a economia brasileira estava "acelerando lentamente" à espera de reformas.

Relembre as declarações e promessas de Paulo Guedes sobre o crescimento econômico do país.

Estagnação desde Temer (5.mar.20)

Após a divulgação de que a economia crescera 1% em 2019, Guedes disse que o Brasil já tinha estagnado desde o governo de Michel Temer.

"A grande verdade é que, quando o governo Bolsonaro chegou, o crescimento do PIB, que tinha sido de 1,3% no primeiro trimestre do governo Temer, já tinha caído para 0,7% no primeiro trimestre do governo Bolsonaro. O Brasil já tinha praticamente estagnado"

Paulo Guedes

ministro da Economia, durante evento na Fiesp, em São Paulo

Segundo o ministro, a tragédia de Brumadinho e o colapso da Argentina, que impactou 60% das importações de veículos do Brasil, foram os principais fatores para a desaceleração em 2019.

Economia acelerando (4.mar.20)

Um dia antes da declaração sobre o desemprenho do PIB do governo antesrior, Guedes havia afirmado que a economia brasileira estava acelerando lentamente à espera de reformas. Para ele, a alta de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 estava dentro do previsto.

"A economia está acelerando lentamente esperando as reformas. A medida que as reformas vão acontecendo, e elas serão implementadas, o Brasil vai reacelerando"

Paulo Guedes

Ministro da Economia

O ministro minimizou à época um eventual impacto do surto do novo coronavírus na economia brasileira, sob o argumento de que a economia brasileira ainda é fechada.

"Da mesma forma que, pela nossa economia fechada, não fomos muito ajudados quando a dinâmica global era favorável, também não somos tão afetados quando a dinâmica é desfavorável", afirmou.

Na avaliação de Guedes, o surto iria "atrapalhar um pouco", mas o país teria potência suficiente para superar esse efeito e viabilizar uma aceleração da atividade, desde que aprofunde as reformas econômicas.

Crescimento acelerado rapidamente (12.dez.19)

Após a agência de classificação de risco S&P elevar a perspectiva para a classificação do Brasil de estável para positiva em dezembro do ano passado, Guedes (Economia) afirmou que o país retomaria o crescimento acelerado.

"A nossa expectativa é que estamos já a caminho do upgrade. Isso normalmente leva dois anos, mas acho até que vamos conseguir antecipar. Se mantivermos o nosso ritmo de reformas, o Brasil vai retomar um crescimento acelerado muito rapidamente"

Paulo Guedes

Ministro da Economia

Brasil começa a decolar (30.mai.19)

Após recuo de 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2019, Guedes disse que o dado não foi novidade e condicionou a retomada do crescimento à aprovação da reforma da Previdência. Afirmou à época que "retomada vem aí".

"Não vamos fazer truques nem mágica, vamos fazer as reformas sérias, fundamentos econômicos. Aprovada a reforma da Previdência, o horizonte de investimentos clareia"

Paulo Guedes

Ministro da Economia

Ele afirmou ainda que via crescimento no segundo trimestre do ano. "De julho em diante, o Brasil começa a decolar".

10 a 15 anos de crescimento (15.mai.19)

"O buraco negro fiscal impede investimentos. Com a Nova Previdência abrimos espaço para 10 a 15 anos de retomada do crescimento", afirmou o ministro à agência de notícias Reuters em 15 de maio do ano passado.

"O Brasil hoje é prisioneiro da armadilha do baixo crescimento", disse na ocasião.

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