O Ministério da Economia aumentou a projeção para o déficit primário do setor público para este ano e admitiu, pela primeira vez, um valor acima de R$ 600 bilhões.
De acordo com a projeção divulgada nesta sexta-feira, 1º, o rombo neste ano chegará a R$ 601,2 bilhões, 8,27% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando o cenário projetado no Boletim Focus, que estima recuo de 3,34% do PIB. Anteriormente, o pior cenário previsto pela pasta era de um déficit de R$ 515,5 bilhões, considerando queda de 5% no PIB.
Em apresentação divulgada pelo secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, o ministério faz projeções de diferentes cenários. Considerando a previsão de PIB do Focus, o impacto primário das medidas para combate à Covid-19 chega a 4,81%. O impacto estimado no resultado primário é de R$ 349,4 bilhões.
Nesse cenário, o déficit do governo central chegaria a R$ 566,6 bilhões (7,79% do PIB), o déficit de estatais é estimado em R$ 3,8 bilhões (0,05% do PIB), e o déficit dos Estados e municípios, R$ 30,8 bilhões (0,42%). Com essa retração de 3,34% do PIB, a dívida bruta do governo geral ficaria em 90,8% do PIB e a dívida líquida do setor público em 66,2%. A necessidade de financiamento do setor público seria de 13,3% do PIB.
No pior dos cenários, que considera recuo de 5,34% do PIB, o déficit do governo central chegaria a R$ 587,1 bilhões. Com essa retração, a dívida bruta do governo geral ficaria em 93,1% do PIB e a dívida líquida do setor público em 67,9%. A necessidade de financiamento do setor público seria de 13,8% do PIB.
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