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Departamento de Justiça confirma ação judicial antitruste contra Google

Departamento de Justiça confirma ação judicial antitruste contra Google

O caso marca o maior desafio legal dos EUA contra uma companhia dominante do setor de tecnologia em duas décadas, e tem potencial de abalar o Vale do Silício

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 16:35

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Google entrou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de revogar ordem judicial
Para o Departamento de Justiça, as ações do Google têm afeito prejudicial sobre a concorrência e consumidores. (Reuters/Folhapress)

O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (20), a abertura de um ação judicial antitruste contra o Google, acusado de adotar práticas ilegais para manter o monopólio dos mecanismos de busca no país. O processo foi protocolado na Corte Distrital de Washington D.C.

O caso marca o maior desafio legal dos EUA contra uma companhia dominante do setor de tecnologia em duas décadas, e tem potencial de abalar o Vale do Silício. Em comunicado, o órgão alega que a gigante de tecnologia responde por quase 90% das pesquisas online nos EUA e exerce condutas anticompetitivas para garantir o controle do mercado. Entre as alegações, o DoJ cita a proibição de que usuários do sistema operacional Android deletem o aplicativo de buscas de seus aparelhos, além de parcerias firmadas com a Apple para que a plataforma tenha exclusividade no navegador Safari.

Para o Departamento, as ações do Google têm afeito prejudicial sobre a concorrência e consumidores, reduzem a qualidade no setor e forçam anunciantes a pagarem mais do que o necessário. "Esse processo atinge o cerne do controle do Google sobre a internet para milhões de consumidores, anunciantes, pequenas empresas e empresários americanos em dívida com um monopolista ilegal", declarou o procurador-geral, William Barr.

FALHAS NA AÇÃO 

A Alphabet, controladora do Google, chamou de "profundamente falho" o processo antitruste aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra a gigante da tecnologia. "As pessoas usam o Google porque escolhem - não porque são forçadas ou não encontram alternativas", argumentou a companhia, em publicação no Twitter.

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