SÃO PAULO - A Caixa Econômica Federal anunciou que abrirá suas agências com uma hora de antecedência nesta sexta-feira (21). A ação, chamada de Dia do Desenrola, visa atender o público interessado em renegociar suas dívidas pelo programa Desenrola Brasil.
Segundo o banco público, a procura por negociação de dívidas dobrou em seus canais no período de dois dias. Maria Rita Serrano, presidente da Caixa, acompanhará os atendimentos em agências no Distrito Federal, segundo a instituição.
A Caixa divulgou que, na Faixa 2 do Desenrola, os clientes poderão pagar à vista com descontos de até 90%, ou parcelar a dívida em até 96 meses (oito anos), com juros a partir de 1,18% ao mês.
Para negociar a dívida, além das agências bancárias, o correntista pode usar o aplicativo Cartões Caixa, o site da Caixa Desenrola ou os telefones 0800-104-0104 (que também pode ser acionado pelo WhatsApp) e 4004-0104 (capitais e regiões metropolitanas).
Atualmente, na faixa 2 do Desenrola, podem aderir quem tem dívida bancária que gerou a negativação entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
O participante com renda entre R$ 2.640 (dois salários mínimos) e R$ 20 mil por mês terá prazo mínimo de 12 meses para pagar. A quantidade de parcelas e a taxa de juros serão negociadas com o banco.
Não há limite da quantia a ser quitada. Caso a instituição financeira não participe do programa, o correntista pode fazer a portabilidade da dívida para outro banco, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Com a renegociação do valor em débito, o cliente que deve até R$ 100 terá o nome retirado da lista de inadimplentes assim que aderir ao Desenrola, caso não tenha dívidas de outras origens como luz, água e lojas.
Isso permitirá que ele obtenha outras linhas de crédito ou assine contrato de aluguel, por exemplo. Porém, a dívida deve ser paga e a pessoa voltará a ter o nome na lista de inadimplentes se não quitar as parcelas renegociadas em dia.
A expectativa do governo é que 30 milhões de pessoas sejam beneficiadas neste primeiro momento e que R$ 50 bilhões em dívidas possam ser renegociados.
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