O dólar voltou a encostar em R$ 5,30 nesta quinta-feira pela manhã, com os investidores no mercado internacional ainda digerindo o resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Mas no meio da tarde, a moeda norte-americana zerou a alta, acompanhando o enfraquecimento da divisa no exterior, a melhora do petróleo e do Ibovespa. No final do dia, fechou em leve queda, a segunda seguida, com os investidores aguardando novos catalisadores, tanto no exterior quanto no Brasil, em dia de agenda esvaziada aqui, mas com reuniões de política monetária na Inglaterra e Japão.
O dólar à vista terminou com pequena queda de 0,13%, a R$ 5,2314. O dólar futuro para outubro era negociado com retração de 0,18% às 17 horas, cotado em R$ 5,2315.
Os negócios desta quinta-feira ainda ecoaram as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que pediu por auxílio fiscal para engrenar a recuperação da economia americana e não falou em novos estímulos monetários, decepcionando parte dos investidores O dólar começou o dia em alta e o movimento ganhou força no mercado internacional com o Banco da Inglaterra intensificando o debate sobre a adoção de juros negativos no país, destaca o analista de mercados do banco Western Union, Joe Manimbo. Com isso, a libra começou a despencar, ajudando o dólar a se fortalecer ainda mais.
Nos negócios da tarde, a queda da libra perdeu força e o euro passou a se fortalecer, ajudando o dólar a se enfraquecer no mercado internacional.
O índice DXY, que mede o comportamento da moeda americana ante moedas fortes, passou a cair. Com isso, o dólar zerou os ganhos aqui, em dia em que o real operou colado no exterior, sem repercussão de notícias locais. Na mínima, caiu para a casa dos R$ 5,22 no final da tarde. Nos emergentes, o dólar recuou 0,37% no México e 0,44% na África do Sul, mas subiu 0,65% na Rússia.
A decisão do Banco Central de manter os juros e não fechar totalmente as portas para novo corte no futuro acabou não tendo peso nas cotações do câmbio. Para o estrategista do banco Société Générale, Dev Ashish, com o câmbio pressionado, a taxa de juros real em nível negativo, a forte piora fiscal do Brasil, a visão é que o espaço para futuras reduções da taxa básica é muito pequeno. Só haveria mais espaço para redução se o governo avançar de forma consistente com as reformas fiscais, ressalta ele.
Na tarde desta quinta, o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que a meta é votar, no dia 15 de outubro, o pacto federativo no Senado e a reforma tributária na Câmara. Em seguida, os textos mudam de casa. As mesas de operação aguardam ainda detalhes sobre o novo programa social do governo, agora a cargo do Congresso, previsto para a semana que vem.
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