Mercados globais tiveram o segundo dia seguido de recuperação nesta terça-feira (7) com a desaceleração da Covid-19 na Europa e em Nova York. O dólar caiu 1,15%, a R$ 5,23, o menor valor desde terça passada (31).
Apesar de registrar recorde de mortes em um dia na segunda (6), o Estado de Nova York viu uma redução no número de novos casos nos últimos três dias. Investidores esperam que, passado o pico da doença, medidas de isolamento sejam suavizadas e a economia engate uma retomada.
Nesta terça, a China também informou queda nos casos do novo coronavírus após fechar suas fronteiras para praticamente todos os estrangeiros, enquanto a cidade de Wuhan, epicentro do surto, não registrou nenhuma morte relacionada ao vírus pela primeira vez que o surto começou.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 2,3%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 2%.
O otimismo do mercado, contudo, foi limitado pela queda do petróleo diante das incertezas de um acordo da Opep+, Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Rússia, sobre o corte na produção da matéria-prima para elevar seu preço. O grupo deve se reunir nesta quinta (9).
"Os sinais são positivos, mas ainda é cedo para garantir que o pior já passou, principalmente tendo em vista que os dados que apontarão para os estragos nestas economias apenas começaram a ser divulgados. Tendo isso em vista, ainda acreditamos que uma volta mais sustentável dos mercados é improvável, e que continuaremos tendo dias de forte volatilidade nas próximas semanas", diz relatório da Guide Investimentos.
No Brasil, o Ibovespa teve alta de 3%, a 76.358 pontos, maior valor desde 26 de março. Na semana, a Bolsa brasileira acumula valorização de 9,8%, apagando a queda de 5,3% na semana passada.
No front doméstico, a permanência de ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta no governo de Jair Bolsonaro também aliviou investidores. Na véspera, a especulação de que o presidente o demitiria minou ganhos na sessão.
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