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Dólar fecha no menor nível desde 31 de julho após reunião do BC dos EUA

Dólar fecha no menor nível desde 31 de julho após reunião do BC dos EUA

No fechamento dos negócios, o dólar à vista encerrou em baixa de 0,96%, cotado em R$ 5,2384, a menor taxa desde 31 de julho (R$ 5,2170)

Publicado em 16 de setembro de 2020 às 18:06

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Dólar
Dólar encerrou em baixa. (Jan Vašek/ Pixabay )

A sinalização pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de que os juros nos Estados Unidos não devem subir ao menos até 2023 ajudou o dólar a aprofundar o ritmo de queda ante o real, enquanto os investidores aguardam a decisão do Banco Central do Brasil. Logo após o Fed divulgar seu comunicado, seu presidente, Jerome Powell, mostrou intenção de manter a política monetária atual para assegurar emprego e estabilidade de preços, embora tenha ressaltado que o cenário ainda é bastante incerto e alguns setores podem demorar mais a se recuperar. Em meio às declarações, o dólar caiu para as mínimas do dia, na casa dos R$ 5,21.

No fechamento dos negócios, o dólar à vista encerrou em baixa de 0,96%, cotado em R$ 5,2384, a menor taxa desde 31 de julho (R$ 5,2170). No mercado futuro, o dólar para outubro era negociado em queda de 0,73%, em R$ 5,2395 às 17h.

"Cada vez mais parece que não haverá aumento de taxas pelo Fed até 2024", avalia o economista-chefe da Fitch Ratings, Brian Coulton.

Para ele, os dirigentes do Fed mostraram postura "bem dovish" hoje, ou seja, favoráveis a juros baixos e manutenção dos estímulos. Além disso, Coulton destaca que o Fed melhorou as previsões para o curto prazo na economia americana.

Para a reunião do BC brasileiro, a analista de moedas do Commerzbank, Alexandra Bechtel, avalia que, caso o BC deixe "alguma porta aberta" para futuros cortes de juros, mesmo que mais à frente, o real pode se enfraquecer. Mas ela pondera que, com a taxa básica já em nível historicamente baixo, em 2%, não faz muito sentido entrar em novos experimentos neste momento com a Selic no Brasil.

Além disso, a analista observa que indicadores da atividade têm mostrado bons números, mais um motivo para o BC ser cauteloso, incluindo também a questão fiscal delicada.

Empresas continuam acessando o mercado internacional para captar recursos, mas sem impacto relevante no fluxo. Nesta quarta, foi a vez da BRF, com emissão de US$ 500 milhões. Os dados do Banco Central deste mês mostram fluxo cambial negativo em US$ 568 milhões em setembro, até o dia 11. Somente pelo canal financeiro saíram US$ 880 milhões no período.

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