SÃO PAULO - O dólar oscilava entre estabilidade e leve alta contra o real nesta sexta-feira (8), conforme investidores digeriam uma leitura mais forte do que o esperado do IPCA de março e suas implicações para a política monetária local, enquanto, no exterior, o índice da moeda norte-americana rondava máximas em dois anos.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 1,62% no mês passado, informou o IBGE nesta sexta-feira (8), o maior para março desde 1994, antes do Plano Real. No acumulado de 12 meses até março, o índice teve alta de 11,30%. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 1,30% março e de 10,98% em 12 meses.
Às 9h14 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,26%, a R$ 4,7529 na venda, a caminho de interromper sequência de cinco desvalorizações semanais consecutivas.
Na B3, às 9h14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,14%, a R$ 4,7775.
Os indicadores futuros do mercado de ações mostravam ligeiras perdas na abertura da Bolsa de Valores do Brasil, enquanto apontavam ganhos iniciais na Bolsa de Nova York.
Novos ataques da Rússia a alvos civis na Ucrânia, porém, podem acrescentar mais preocupações sobre novas sanções à produção commodities russas, agravando temores do mercado sobre a inflação global. Ao menos 30 pessoas morreram atingidas por um míssil na estação de trem de Kramatorsk, na região de Donetsk.
Na véspera, o mercado de ações dos Estados Unidos virou para o positivo no final da sessão e, com isso, levantou os mercados das Américas. Analistas atribuíram a reação a um movimento técnico de investidores, que decidiram aproveitar a baixa para comprar papéis baratos.
Durante a maior parte do dia, os mercados trabalharam no negativo, na tentativa de digerir a divulgação, na véspera, da ata da reunião realizada em março pelo comitê de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
O documento reforçou a percepção de que a inflação global, ampliada pela guerra na Ucrânia, levará a uma alta mais agressiva dos juros e à redução de outros estímulos econômicos.
O Brasil também ganhou fôlego com o rali em Nova York, mas o protagonismo ficou por conta da alta de 5,19% das principais ações da Petrobras. Investidores celebraram os nomes dos indicados para comandar a estatal.
O Ibovespa fechou em alta de 0,54%, a 118.862 pontos. Com esse resultado, o índice de referência da Bolsa de Valores brasileira teve desempenho superior ao dos mais importantes indicadores mundiais.
Nesta manhã de sexta, as principais Bolsa da Europa apresentavam recuperação em relação às baixas da véspera. Londres, Paris e Frankfurt sbuam 1,09%, 1,38% e 1,40%, nessa ordem.
Bolsas da Ásia também fecharam em alta após a ressaca do Fed. Na China, o índice que segue as empresas de Xangai e Shenzhen subiu 0,51%.
O petróleo Brent, referência mundial, caía 0,06%, a US$ 100,52 (R$ 476,62). A commodity vem perdendo valor nesta semana devido a um anúncio de liberação de 120 milhões de barris de reservas estratégicas internacionais.
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