Policiais da Delegacia de Defraudações (DDEF) prenderam na manhã desta segunda-feira (9), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro o empresário Jonas Jaimovick, que era dono da JJ Invest, mais de um ano após o decreto de prisão feito pela Justiça. Ele é acusado de promover uma das maiores pirâmides financeiras já realizada no Brasil, que deixou milhares de vítimas, como os ex-jogadores de futebol Zico e Júnior. O prejuízo é estimado em ao menos R$ 170 milhões.
Além de Jonas Jaimovick, mais oito pessoas foram indiciadas por obter lucro fraudulento. Os acusados ofereciam aos investidores uma rentabilidade de 10% a 15% mensais.
No Rio de Janeiro, Jaimovick responde a mais 30 inquéritos de outras unidades. Em São Paulo, Maranhão, Recife, Ceará entre outros Estados também há processos.
Estimativas apontam que em todo o país existam mais de três mil processos lesados, com algumas pessoas perdendo até mais de R$ 1 milhão.
De acordo com investigadores, o dono da JJ Invest operava "sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio", e é acusado de "gerir fraudulentamente instituição financeira" e de "apropriar-se (...) de dinheiro, título, valor ou qualquer outro bem móvel de que tem a posse, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio."
Reportagens do jornal O Globo informaram que a JJ Invest era investigada pela Polícia Federal e pela própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Embora funcionasse de maneira irregular, a empresa ganhou destaque e patrocinou mais de uma dezena de clubes, entre eles o Vasco.
Ela atraía aplicadores com retornos muito acima dos praticados no mercado regulado. Muitos cliente não tinha contrato assinado e os depósitos eram feitos nas contas de Jaimovick ou da empresa. Além disso, os contatos aconteciam, muitas vezes, somente pelo WhatsApp.
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