O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez nesta segunda-feira (6) uma apelo às empresas para que elas não façam demissões durante a crise do coronavírus.
Ao iniciar a entrevista coletiva em que anunciou a prorrogação do isolamento do estado, Doria pediu a dirigentes e acionistas de médias e grandes empresas para que exerçam responsabilidade social e considerem o lado humanitário.
Ele chegou a falar da necessidade de uma "visão correta de não buscar o lucro a qualquer preço".
"Compreendo a dimensão, as restrições e a dificuldade empresarial em um momento tão difícil e tão drástico como esse, mas parte do sentimento de um bom empresário é a sua retribuição social, é a sua capacidade humana", disse.
Doria vem sendo alvo de críticas de Jair Bolsonaro (sem partido), que pressiona por medidas menos restritivas de isolamento. Na entrevista desta segunda, listou autoridades políticas, econômicas e da área de saúde que defendem o isolamento social no combate à pandemia.
Dirigindo-se aos empresários, Doria afirmou que o momento é de reconhecer que, "sem aqueles que são seus funcionários, jamais teriam chegado aonde chegaram".
"Mais do que nunca, seus funcionários esperam isso de vocês. O sofrimento é de todos, mas principalmente dos que dependem do salário para sobreviver", disse.
O governador também prometeu divulgar o nome de todos os que firmarem o compromisso de manter empregos no período e citou empresas como Alpargatas, BMG, Bradesco, Itaú, Pão de Açúcar e Santander.
Como antecipou a Folha de S.Paulo nesta segunda, mais de mil empresas assinaram um manifesto no qual se comprometem a não demitir.
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