O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (4) que a economia brasileira está acelerando lentamente à espera de reformas. Para ele, a alta de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 veio dentro do previsto.
Para este ano, Guedes espera que o crescimento da economia fique acima de 2%, mesmo com os efeitos adversos provocados pelo surto mundial do novo coronavírus.
Apesar da fala otimista, a projeção oficial do governo para PIB de 2020, atualmente em 2,4%, deve ser revisada para baixo.
?A economia está acelerando lentamente esperando as reformas. A medida que as reformas vão acontecendo, e elas serão implementadas, o Brasil vai reacelerando?, disse o ministro.
Segundo ele, a estratificação do resultado do IBGE por período mostra que o desempenho do indicador foi ganhando força ao longo do ano.
Embora tenha dito que o resultado do ano passado não causou nenhuma surpresa, em março de 2019, no primeiro relatório bimestral de receitas e despesas, no qual o governo divulga a projeção oficial para o PIB, a previsão da equipe econômica era de alta de 2,2% em 2019.
Em relação a 2020, o ministro minimizou o possível impacto do surto do novo coronavírus, sob o argumento de que a economia brasileira ainda é fechada.
Ele ressaltou que o país tem dimensão continental, possui sua própria dinâmica de crescimento e deve continuar forte na exportação de produtos agrícolas. ?
?Da mesma forma que, pela nossa economia fechada, não fomos muito ajudados quando a dinâmica global era favorável, também não somos tão afetados quando a dinâmica é desfavorável?, afirmou.
Na avaliação de Guedes, o surto vai ?atrapalhar um pouco?, mas o país tem potência suficiente para superar esse efeito e viabilizar uma aceleração da atividade, desde que aprofunde as reformas econômicas.
Na próxima quarta (11), o Ministério da Economia vai divulgar a nova projeção para o resultado do PIB de 2020. De acordo com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, a previsão atual, de alta de 2,4%, deve ser reduzida.
?Elementos exógenos como o coronavírus nos causam preocupação. O número pode vir abaixo de 2,4%. Nossa expectativa é que fique pouco acima de 2%?, disse.
A reavaliação oficial da projeção para a atividade impacta nas contas públicas. Com uma previsão de PIB mais fraco, o governo é forçado a estimar uma arrecadação tributária mais baixa. Com isso, aumentam as chances de cortes em verbas de ministérios para evitar o descumprimento da meta fiscal.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta