Em mais um dia que promete ser tenso no mercado financeiro a Bolsa de Valores de São Paulo abriu em queda. Logo com 24 minutos de operação a bolsa caiu 12,53% e ativou o circuit braker suspendendo as operações por 30 minutos. A queda vem depois de uma forte alta no pregão da última sexta-feira (13), quando a o índice Ibovespa fechou em alta de 13,91%. Após a paralisação, a Bolsa chegou atingir 14% de queda, mas as perdas reduziram o ritmo, fazendo com que o mercado opere com baixa de 9,93 às 11h50.
O motivo da queda, mais uma vez, é o coronavírus e seus impactos na economia mundial. Nesta segunda-feira (16), as ações caíram mesmo depois que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduziu sua taxa de juros para quase zero (zero a 0,25%), uma vez que os investidores continuaram preocupados com a possibilidade de as medidas de emergência não serem suficientes para evitar uma recessão causada pela pandemia de coronavírus.
A queda não está sendo observada somente no Brasil. Pouco antes de 7h45, os índices futuros do mercado americano cediam mais de 4%, e os negócios foram paralisados, sinalizando um dia difícil em Nova York.
As Bolsas da Ásia e Europa também vivem novo dia de pânico e operam em queda nesta segunda-feira (16). As baixas acontecem mesmo após os estímulos anunciados na véspera pelo Fed, Banco Central dos EUA, que cortou a taxa de juros americana para próximo de zero para movimentar a economia apesar da crise do coronavírus.
Já existia nesta manhã a expectativa de que a Bolsa de São Paulo ativasse o circuit braker logo cedo.
A Europa, centro da pandemia do coronavírus, viu o índice Stoxx 600 despencar quase 8% na abertura do pregão. Já índices futuros S&P 500, de Wall Street, chegaram a cair 5% em um intervalo de 15 minutos durante a madrugada. O Ibovespa negociado nos EUA caía 14% às 8h13 desta segunda.
Na Ásia, o índice CSI 300, que reúne as Bolsas de Xangai e Shenzen, fechou em queda de 4,3%. O índice Nikkei, de Tóquio, caiu 2%, mesmo após o banco central japonês anunciar medidas de estímulo dos mercados.
O dólar abriu a segunda-feira (16) em alta de cerca de 3%, a R$ 4,98, em uma reação dos mercados à decisão do Fed (banco central americano) de cortar para perto de zero para enfrentar os efeitos econômicos do coronavírus.
Logo após os primeiros negócios, a moeda desacelerava para R$ 4,95.
O mercado financeiro teme que o surto da doença cause danos severos à economia global e, por isso, busca ativos seguros. As Bolsas americanas e a brasileira devem abrir em forte queda nesta segunda, mesma direção dos mercados europeus.
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