Com a pandemia de coronavírus decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e com a notícia de que os Estados Unidos não receberão voos da Europa pelos próximos 30 dias com exceção do Reino Unido, os mercados internacionais, que já vêm tendo uma semana conturbada, sofrem com mais baixas no começo desta quinta-feira, 12. Apesar de só abrir às 10h, a expectativa é que o Índice Bovespa também opere em queda por conta do avanço do coronavírus
As Bolsas da Ásia fecharam em queda generalizada. O Shangai composto, da China, fechou em -1,52%, e o menos abrangente Shenzhen Composto -2,20%. Segundo comunicado de reunião do Conselho Estatal, a China vai reduzir os compulsórios bancários mais uma vez, a exemplo do que fez em janeiro, para impulsionar o crédito a pequenas e médias empresas afetadas pelo coronavírus.
O japonês Nikkei fechou em -4,41%, atingindo o menor patamar desde abril de 2017 e adentrando "bear market", o que significa que o índice acionário japonês acumulou perdas de mais de 20% desde seu pico mais recente.
Hong Kong teve variação de -3,66% encerrando o pregão também no menor nível desde abril de 2017. O Kospi, da Coreia do Sul, -3,87%, patamar mais baixo desde agosto de 2015, e Taiwan, -4,33%.
Na Europa, o cenário não é nada diferente. Pelos mesmos motivos, os mercados do velho continente têm pesadas perdas nos primeiros momentos do pregão desta quinta. Nas próximas horas, investidores esperam que o Banco Central Europeu (BCE) tome uma série de medidas de estímulos, em reação ao coronavírus.
O dia ainda estava raiando no Brasil e Bolsa de Londres já caía 5,09%, a de Frankfurt recuava 5,51% e a de Paris se desvalorizava 5,06%. Em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 5,87%, 5,62% e 3,67%, respectivamente. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 5,37%, atingindo os menores níveis desde julho de 2016.
Além das Bolsas, o petróleo também começa a quinta-feira em baixa. A AxiCorp diz que investidores fariam bem ao vender suas ações ligadas a petróleo, apontando que, muito provavelmente, companhias aéreas e petrolíferas enfrentarão uma crise de crédito.
Às 5h, de Brasília, o barril do petróleo Brent para maio caía 5,50% na ICE, a US$ 33,82, enquanto o WTI para abril descia 5,06% na Nymex, a US$ 31,70 o barril. Em Sydney, a aérea Qantas encerrou o pregão com queda de 8,91%.
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