Ainda vivos na memória de muitos capixabas, sorvetes e picolés que trazem o nome Luigi vão voltar ao mercado em setembro. Uma empresa com sede em Piúma, no Sul do Estado, comprou o registro da marca, que fez muito sucesso nas décadas de 80 e 90.
O investimento da Sorvetes Lamoia, dona da marca Paletitas, foi de mais de R$ 5 milhões, valor que inclui, além da compra do nome, a ampliação da estrutura física do grupo e a compra de caminhões e maquinários.
A empresa Luigi, fundada na década de 1970, chegou a atingir um faturamento de R$ 11 milhões em 2003 e a bater de frente com concorrentes nacionalmente conhecidas, como Kibon e Nestlé. A produção começou com uma fábrica na Praia do Canto, em Vitória, depois migrou para Vila Velha. Segundo informações de familiares dos donos na época, a empresa funcionou até 2010 no Estado.
LEILÃO
A antiga fábrica, o maquinário e o direito do uso do nome "Luigi" foram a leilão. A estrutura física foi vendida primeiro, mas a marca só foi comprada posteriormente por um outro empresário, que revendeu o nome para os donos da Lamoia, empresa do Sul do Estado.
Agora os produtos que vão carregar a identidade visual da Luigi serão produzidos em Piúma, numa fábrica que teve sua área ampliada em 2,3 mil metros quadrados. "A compra no nosso caso envolveu só a marca e as submarcas, registro de site e rede social. Não é nada além do direito de uso desse nome", explica Anderson Lamoia, presidente do grupo que comprou a marca Luigi.
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Anderson, no entanto, promete que a qualidade dos produtos vai se manter. A previsão é de que a linha de sorvetes e picolés Luigi, com sete sabores, chegue às prateleiras a partir do dia 15 de setembro. Os produtos serão vendidos em supermercados do Espírito Santo, da Bahia e de Minas Gerais.
"Temos um maquinário de ponta e a garantia de que serão mantidas a cremosidade e a maciez do produto que se tinha na época", aponta o presidente do grupo, que comemorou a aquisição da marca como se fosse a realização de um sonho. "É um produto que gera uma lembrança muito emotiva nas pessoas, que tomavam o sorvete quando eram crianças, com a família. É uma marca muito bem conceituada, que chegou a ser a segunda maior de sorvetes do Brasil. Quando me ofereceram a marca, fiquei arrepiado", comenta.
Após a compra do nome "Luigi", que foi concluída no final do ano passado, a empresa contratou de 25 a 30 novos funcionários. Contando com um total de 180 funcionários, a fábrica deve abrir mais 25 vagas no ano que vem, com destaque para as áreas de vendas e logística.
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