SÃO PAULO - A Caixa Econômica Federal (CEF) vai cobrar juros de 3,45% ao mês no empréstimo consignado do Auxílio Brasil, que começa a ofertar nesta terça-feira (11), aos beneficiários do programa social. A margem consignável, ou seja, o desconto sobre o valor do benefício, é de até 40%, e a parcela mínima mensal é de R$ 15
De acordo com o banco público, o auxílio tem hoje 21,1 milhões de famílias beneficiárias, mas há condições para que o empréstimo seja autorizado. Pode contratar o crédito o responsável familiar pelo benefício, desde que o receba há mais de 90 dias.
Além disso, o beneficiário não pode ter deixado de comparecer à convocação do Ministério da Cidadania, caso tenha sido chamado.
A vice-presidente de negócios de Varejo da Caixa, Thays Cintra, disse que o banco vai ofertar o consignado com iniciativas de educação financeira para estimular um uso racional dos recursos. "A nossa recomendação é de que faça empréstimo quem tem uma dívida com taxa maior", disse ela, em coletiva de imprensa para detalhar o novo programa.
A Caixa é um dos poucos grandes bancos do País a oferecer o consignado do Auxílio, ao menos a princípio. Os demais têm sinalizado que consideram a linha arriscada, dada a situação de fragilidade social em que muitos dos beneficiários estão.
O vice-presidente da Rede de Varejo da Caixa, Júlio Volpp, disse na coletiva que os empréstimos estão disponíveis para contratação nas agências, nas lotéricas e nos demais canais de atendimento do banco, o que inclui o aplicativo Caixa Tem. "Para o conforto do beneficiário, ele pode entrar no aplicativo que ele já conhece, e entrar na conversa empréstimo", pontuou.
Já o vice-presidente de Governo em exercício, Tiago Cordeiro, afirmou que a CEF receberá da Dataprev, todos os meses, os dados dos beneficiários, fará o desconto de acordo com as parcelas de cada empréstimo e gerará a folha de pagamento do Auxílio já com o valor descontado. "Em todos os contratos firmados até o dia 31, o desconto acontece na folha de novembro", afirmou.
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