Os bancos emprestaram mais para empresas em julho, com alta de 13,3% em relação a junho. O aumento foi puxado pela concessão de créditos com recursos direcionados pelo governo, que teve alta de 29,3%.
Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (28).
Os recursos para os empréstimos podem ser livres ou direcionados. Nos livres, o dinheiro emprestado é próprio e o banco decide a taxa a ser cobrada. Nos direcionados, o governo determina a destinação dos recursos para certo segmento ou modalidade e as taxas são monitoradas.
A variação foi registrada na série com ajuste sazonal, que retira peculiaridades do período, como número de dias úteis a mais ou a menos, para facilitar a comparação.
Na tabela divulgada pelo BC, a rubrica Outros, dentro dos créditos direcionados, tiveram crescimento de 397,4% no mês e 543,4% no trimestre.
A autoridade monetária explica que a coluna diz respeito a "operações de crédito não passíveis de classificação nas demais modalidades apresentadas", mas não especifica quais.
Dentro dos recursos direcionados para as empresas estão crédito rural, com queda de 9,9%, financiamento imobiliário, alta de 2,2% e crédito com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), retração de 16,9%.
Considerando apenas o crédito livre, a taxas de mercado, houve retração na concessão para as empresas de 7,9% no mês, em relação a junho.
Para as famílias, foram 5,9% a mais de créditos concedidos no período. Modalidades ligadas ao consumo permaneceram em alta, com 9,5% no cartão de crédito à vista e 18,4% para a aquisição de veículos.
O crédito consignado -em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento- também teve crescimento expressivo no mês, de 9%. Para servidores públicos, foram concedidos 17,5% a mais.
Ao todo, foram R$ 341 bilhões em novas concessões para famílias e empresas, aumento de 9,4% em relação a junho.
O estoque de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 3,66 trilhões em julho, 1% a mais que o registrado no mês anterior.
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