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Empréstimos crescem 6% em fevereiro, diz Banco Central

Empréstimos crescem 6% em fevereiro, diz Banco Central

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo BC (Banco Central); para as famílias houve crescimento de 6,5% e para as empresas, de 4,7% no período

Publicado em 29 de março de 2021 às 18:38- Atualizado há 4 anos

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Cédulas do Real: Bandes vai oferecer empréstimos com prazo de pagamento de até 60 meses
Cédulas do Real: Bandes vai oferecer empréstimos com prazo de pagamento de até 60 meses. (Joel Santana/Pixabay)

Os bancos emprestaram R$ 313,9 bilhões em fevereiro, volume 6% maior que no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo BC (Banco Central).

Para as famílias houve crescimento de 6,5% e para as empresas, de 4,7% no período.

As variações são registradas com ajuste sazonal, que retira peculiaridades do período, como número de dias úteis a mais ou a menos, para facilitar a comparação.

No mês, o uso do cartão de crédito à vista pelas famílias, quando o cliente paga o valor total da fatura, diminuiu 2,5%. Houve queda também no rotativo não regular, quando o usuário paga abaixo do mínimo, de 10,7%.

O cartão de crédito parcelado, no entanto, cresceu 9,5%. Houve alta também no cheque especial de 1,2%.

Para empresas, as concessões para capital de giro cresceram 24,4% em fevereiro. Modalidades ligadas ao consumo, que precisam das vendas para gerar garantia, também aumentaram. Os descontos de duplicatas tiveram alta de 10,6% e a antecipação de recebíveis (compras à prazo), de 10,5%.

No acumulado dos 12 meses, os empréstimos cresceram 3,1%.

O saldo de crédito, que contabiliza toda a carteira do sistema financeiro, permaneceu superior a R$ 4 trilhões em fevereiro, com crescimento de 0,7% no mês. Em 12 meses, houve elevação de 22,9%.

Segundo o BC, a alta no mês foi puxada por crédito pessoal e no acumulado dos 12 meses, por aquisição de veículos e composição de dívidas -quando o cliente negocia e transforma várias dívidas em uma só.

Para as empresas, a alta foi puxada principalmente por linhas para capital de giro nos 12 meses.

"No ano passado tivemos um aumento forte no saldo de composição de dívidas porque as pessoas foram incentivadas a renegociar. No início da crise, tivemos alta nas linhas de capital de giro de curto prazo. As empresas tomaram crédito para garantir dinheiro em caixa", disse o chefe do departamento de estatísticas, Fernando Rocha.

Em fevereiro, a taxa média de juros dos empréstimos caiu 0,3 ponto percentual, para 19,8% ao ano. Em 12 meses, a queda foi de 3,2 pontos.

Com a alta de 0,75 ponto percentual da Selic e a sinalização de elevação na mesma intensidade em maio, as taxas de juros de empréstimos também devem subir.

"A taxa básica define um padrão para as outras taxas de juros, então a tendência é de alta", destacou Rocha.

O spread, diferença entre a taxa de captação dos bancos e o que eles cobram em empréstimos, ficou em 15,6 pontos percentuais, redução de 0,2 ponto no mês e 2,9 pontos em 12 meses.

A inadimplência alcançou 2,3%, crescimento de 0,2 ponto em relação ao mês anterior. Para Rocha, ainda não dá para avaliar se os calotes vão aumentar nos próximos meses.

"Vimos um crescimento no mês, mas em janeiro a inadimplência estava em seu menor patamar. Houve uma alta pontual, em créditos direcionados", afirmou.

Nas operações com recursos livres, os calotes ficaram estáveis em 2,9%. Nas operações com recursos direcionados (com subsídio do governo), o indicador subiu 0,2 ponto e ficou em 1,3%.

A avaliação do BC é que, na pandemia de Covid-19, a inadimplência caiu por causa do auxílio emergencial e das renegociações das parcelas de empréstimos promovidas pelos bancos durante a pandemia.

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