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ES cria 69 mil postos de trabalho e reage à crise do desemprego

ES cria 69 mil postos de trabalho e reage à crise do desemprego

A taxa de desocupação passou de 12,1% nos três primeiros meses do ano para 10,9% no segundo trimestre, segundo a Pnad. Antes 260 mil pessoas estavam desempregadas, agora são 236 mil

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 05:35

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Fila de pessoas esperando por uma vaga de trabalho. (Kaique Dias)

O mercado de trabalho no Espírito Santo começa a reagir à crise do desemprego que tem atingido o setor desde 2015. Aumentou em 69 mil o número de pessoas ocupadas no segundo trimestre deste ano em relação ao período anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada na manhã desta quinta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aquecimento foi sentido tanto nos segmentos formais quanto nos informais. Eram 1,878 milhão de empregados e o número passou para 1,947 milhão.

Os dados revelam que antes 260 mil pessoas estavam desempregadas, agora são 236 mil. Levando em consideração a mão de obra subocupada (gente que trabalha poucas horas mensais), ao todo 346 mil estavam em busca de trabalho, número menor do que nos três primeiros meses do ano, quando 364 mil queriam trabalhar, mas não tinham uma oportunidade.

O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Ricardo Paixão, analisa que apesar da queda, o índice de desemprego no Estado é elevado e ainda não é suficiente para reverter a crise econômica vivida em todo país. Contudo, a expectativa dos empresários tem melhorado, principalmente, por causa do avanço da reforma da Previdência. 

"Há uma mudança na perspectiva dos empresários, que começam a ver uma luz no fim do túnel, a se sentirem um pouco mais seguros para investir no mercado. A queda é um bom sinal e a gente espera que continue para que a economia comece a entras nos eixos", destaca.

>Emprego tem melhor 1º semestre desde 2011 no Espírito Santo

De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação, ou desemprego, caiu de 12,1% para 10,9% no último trimestre no Estado. Os dados ainda revelam que houve queda de 2,1% no número de pessoas que procuram vagas de emprego mas não conseguem em relação ao mesmo período do ano passado.

Houve crescimento na contratação de trabalhadores com e sem carteira assinada. Atualmente, 27,5% pessoas atuam como profissionais informais e 72,5% são formais no Estado. No primeiro trimestre, 715 mil pessoas tinham carteira assinada. O número aumentou para 733 mil neste segundo trimestre. Já os trabalhadores sem carteira passaram de 385 mil para 414 mil.

O número de pessoas que trabalham por conta própria também subiu 2,7% no Espírito Santo. De janeiro a março, 490 mil profissionais atuavam dessa forma. O número agora é de 503 mil, que representa 25,9%.

Além disso, houve recuo expressivo de 24,9% na taxa de desalentados, que correspondem a pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuram por emprego porque acham que não vão conseguir. No primeiro semestre de 2019, 44 mil pessoas se enquadravam nesse quesito. Agora são 33 mil pessoas.

A Pnad revela também que o desemprego tem reduzido no país. A taxa passou de 12,7% para 12% no período, queda puxada por ao todo dez Estados que apresentaram redução na quantidade de profissionais sem uma colocação.

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SUBOCUPADOS

Um dos desafios do Espírito Santo continua sendo o aumento de profissionais subocupados, que fazem bico, por exemplo e não têm renda regular. São pessoas que, para driblar o desemprego, atuam em atividades que exigem poucas horas de dedicação e não pagam um salário suficiente para garantir o sustento desse profissional, como explica Ricardo Paixão. 

Aspas de citação

O número de subocupados tem subido muito devido a essa escassez de vagas no mercado, que, por mais que surjam, ainda são muito poucas. Isso faz com que pessoas que não conseguem um trabalho formal acabem fazendo qualquer atividade sem carteira assinada para ter uma renda muito pequena

Ricardo Paixão, presidente do Corecon
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Os subocupados representavam 104 mil pessoas na Pnad no primeiro trimestre deste ano. Agora eles somam 106 mil no Estado. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 9,5% destes profissionais. Eles eram 97 mil pessoas.

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