WASHINGTON, EUA - O Fed (Federal Reserve, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira (27) um novo aumento de 0,75 ponto percentual dos juros, elevando a meta máxima da taxa para 2,5% ao ano.
O foco do aperto ao crédito é combater a inflação nos Estados Unidos, que está na casa dos 9,1%, a maior em quatro décadas. Sinais de que a economia pode desacelerar ao ponto de conduzir o país a uma recessão, porém, levantam discussões sobre a calibragem da política monetária americana.
A subida nos juros americanos afeta diretamente os investimentos e o câmbio no Brasil, porque tende a levar a uma saída de investidores de países emergentes.
Até março deste ano, o alvo era uma taxa anual de, no máximo, 0,25%. A rápida aceleração dos últimos quatro meses representa uma das mudanças mais rápidas na política monetária dos EUA. Além disso, o Fed encerrou um programa bilionário de compra de ativos.
Zerar os juros e comprar títulos foram medidas adotadas pela autoridade monetária para estimular a economia americana durante o período em que a pandemia de Covid-19 impunha mais restrições às atividades produtivas.
Desde o ano passado, com o avanço da vacinação permitindo a retomada da circulação de pessoas, o aquecimento do consumo associado a uma política de juros baixos vem fazendo a inflação disparar.
Mas embora tenha havido pouco progresso ainda na luta contra a inflação, sinais de estresse econômico estão se acumulando - e aumentando as apostas para os membros do Fed conforme eles avaliam o quanto a política monetária precisa ser apertada para diminuir os aumentos de preços em meio ao risco de que ir longe demais poderia desencadear uma recessão.
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