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Fábrica de chocolates capixaba usa robôs na produção

Fábrica de chocolates capixaba usa robôs na produção

Empresa usa sete máquinas inteligentes em sua linha de produção, encaixotando e distribuindo produtos

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 19:49

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Barras de chocolate. (Divulgação)

A revolução tecnológica tem trazido novos modelos de negócios e transformado processos operacionais de empresas tradicionais, fazendo uso de inteligência artificial. No mercado, as transformações atingem desde a produção de chocolates a pizzas e salgados.

No Espírito Santo, a Garoto já utiliza robôs no processo de produção de chocolates. “Há dois anos, começamos a usar esses robôs para dar mais agilidade ao processo e reduzir o número de falhas em processos repetitivos. Hoje, temos sete que fazem parte das linhas de ponta, encaixotando produtos, distribuindo-os em caixas específicas, preparando para ser encaminhado ao mercado”, explica o gerente industrial da empresa, Durval Silva.

Atualmente, mais de 60% das principais linhas da unidade já contam com tecnologias de robotização ou automatização. A empresa tem realizado parceria com startups e conseguido reduzir custos e aumentar o volume de produção.

OUTRAS FUNÇÕES

Durval ressalta que, apesar da robotização, os profissionais não têm perdido seus postos de trabalho. A empresa tem realocado esses trabalhadores para posições mais estratégicas na empresa, permitindo que eles desenvolvam outros potenciais.

“Os trabalhadores não foram substituídos, pelo contrário, o volume de produção aumentou e a gente passa a criar novos postos de trabalho. O que muda é o perfil dos profissionais que a gente contrata. A gente busca pessoas com mais capacitação, cursos técnicos, que entendam um pouco de mecânica, automação”, destacou.

Empresa americana resolveu colocar máquinas para fazer as pizzas . (Divulgação)

Nos Estados Unidos, a Zume Pizza incorporou o uso de robôs na produção de suas pizzas. Segundo a empresa, o investimento na tecnologia foi uma forma de agilizar a entrega de pizzas em Nova York.

NOVOS MODELOS

O professor do núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, Hugo Tadeu, defende que a incorporação de novas tecnologias não é apenas uma tendência, mas uma exigência para que as empresas cresçam no novo mercado. Ele define o futuro em quatro palavras: conectividade, serviços, digitalização e inovação.

“As empresas estão entendendo que sair da estrutura, do espaço físico para plataformas digitais é cada vez mais importante. Aqueles que não fizerem isso vão estar fora do mercado”, destacou.

De acordo com Hugo, os novos modelos de negócios de sucesso se voltam para a prestação de serviços. Com isso, os investidores passam a se concentrar na captação de dados e inteligência artificial.

“Sai um modelo focado no produto e entra um voltado para o serviço em espaços digitais. As empresas começaram a entender que isso requer menos investimento e maior potencial de crescimento”, destacou.

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Um dos exemplos citados por ele é do Magazine Luiza, que tem investido em serviços digitais. “A empresa conseguiu captar uma grande quantidade de dados dos clientes e entender o comportamento deles, aumentando lucro, alcance de clientes, vendas. É isso que o mercado exige, que as empresas tradicionais se transformem”, finalizou.

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