Apesar de alguns sinais de melhora no abastecimento das fábricas, a indústria de eletroeletrônicos continua enfrentando dificuldade na compra de materiais para a fabricação de produtos como celulares, notebooks e TVs. Ao mesmo tempo, crescem os registros de atrasos de produção por falta de componentes eletrônicos.
Sondagem feita no mês passado pela Abinee, entidade que representa o setor, mostra que o porcentual de empresas com estoques de peças e matérias-primas abaixo do normal caiu de 31%, marca registrada no levantamento de fevereiro, para 23%.
Do total de empresas, 66% ainda relatam dificuldades na aquisição de insumos, um número alto, porém inferior aos 73% da sondagem anterior. Papelão, necessário para as embalagens dos produtos, materiais plásticos e componentes eletrônicos importados da Ásia são os itens em que os fabricantes de eletroeletrônicos encontram maior dificuldade de abastecimento.
Houve redução, de 10% para 5%, no número de fábricas obrigadas a paralisar parte da produção por falta de componentes eletrônicos. Por outro lado, a insuficiência desse item, decorrente da escassez global de chips, está causando atrasos de produção em mais empresas.
Segundo a sondagem, obtida com exclusividade pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), 42% estão com produção e entregas atrasadas por falta de componentes eletrônicos no mercado. No mês anterior, tais atrasos aconteciam em 35% dos associados da Abinee.
A saída para contornar a falta de componentes eletrônicos tem sido procurar fornecedores alternativos no Brasil e no exterior, mesmo a maior custo, além de compras emergenciais em distribuidores independentes, antecipação de pedidos a fornecedores, uso de frete aéreo para encurtar prazos de entrega e, até mesmo, a produção própria dos componentes.
Mesmo assim, as empresas relatam grande dificuldade de encontrar o material, já que há alta dependência dos fornecedores de componentes eletrônicos internacionais, sobretudo da Ásia.
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